Economia

Indústria gerou mais de 6 mil empregos em um ano

Para o presidente da FIEMS, Sérgio Longen, o setor vem se ajustando às novas rotinas produtivas impostas pela pandemia

22 JUN 2021 • POR Matheus Rondon • 13h56
Para o presidente da FIEMS, Sérgio Longen, a indústria vem se ajustando às novas rotinas produtivas impostas pela pandemia - Reprodução

Desde o começo da pandemia de Covid-19, o Brasil vem registrando altos números de desemprego, mas na indústria sul-mato-grossense, os números são diferentes. Entre março de 2020 e março de 2021, foram registradas 6.487 vagas formais de emprego, resultado de 67.516 contratações e 61.029 desligamentos. O primeiro setor que mais gerou empregos foi o do comércio, com 6.929 vagas formais.

Em um ano de pandemia, as empresas que mais geraram empregos são as ligadas ao abate de suínos (1.468), abate de aves (1.213), fabricação de celulose (776), fabricação de açúcar (350), fabricação de óleos vegetais (264), construção (236) e fabricação de refrigeradores (175).

Na avaliação do presidente da FIEMS, Sérgio Longen, a indústria vem se ajustando às novas necessidades de produção decorrentes da pandemia e soube continuar produzindo, apesar das dificuldades. “Nós tivemos um cenário favorável em 2020 e fomos surpreendidos pela nova onda da covid-19 em 2021, mas de certa forma, a indústria vem se ajustando. E isso acabou por dar uma tranquilidade para a população em termos de suprimento com a indústria funcionando. A indústria vai bem aqui. Em contrapartida, em outros estados nem tanto. Esses números demonstram que o Sistema Indústria em Mato Grosso do Sul está no caminho certo”, avalia Longen.

O segmento industrial ficou, ainda, à frente do setor de serviços, que respondeu por 6.129 vagas, e agropecuário, que gerou 961 postos de trabalho. O resultado corresponde ainda a 32% dos empregos criados em Mato Grosso do Sul no período indicado.

Mato Grosso do Sul tem o ambiente favorável para atrair negócios

Para o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, os números refletem o trabalho desenvolvido pelo governo do Estado em conjunto com a FIEMS para criar em Mato Grosso do Sul um ambiente favorável aos negócios. “E um dos pontos importantes é que temos um foco muito grande no emprego. E o emprego obriga à procura por qualificação e o Sistema S está pronto para essa questão. Acho que o grande ganho também do Estado é essa parceria entre poder público e privado.

Eduardo Riedel, secretário de Estado de Infraestrutura, também reforçou que as ações que permitiram a criação de novas vagas de emprego. “Nós usamos um bordão que sempre foi trocar impostos por emprego. E a FIEMS nos ajudou a construir essa equação. Uma política fiscal mais arrojada gera oportunidades para a população. São oportunidades de emprego, de formação, de educação e aí entra todo o Sistema S dando suporte para esse ambiente de desenvolvimento”.

Na mesma linha, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa, ressaltou que o crescimento do setor industrial é o melhor tipo de política social que pode ser feita. “Porque isso gera emprego e renda. Não é à toa que o gasto do governo de Mato Grosso do Sul é o maior per capita do País e isso nos orgulha, porque estamos conseguindo gastar de forma inteligente os recursos que chegam a nós por meio de investimentos”.