Justiça

Ministério Público quer a quebra de sigilo telefônico de ex-comandante da PM

Jose Ivan de Almeida é acusado de extorsão com mais dois cumplices 

23 JUN 2021 • POR Juliana Alves • 19h28
No esquema de extorsão as vítimas já estariam devendo mais de R$300 mil - Reprodução/Arquivo

O Ministério Público deu parecer favorável para a quebra de sigilo telefônico de Jose Ivan de Almeida, ex-comandante da PM, Reginaldo Freitas Rodrigues e Patrick Samuel Georges Issa no caso onde são investigados pelo GARRAS por extorsão.

Para o parquet há indícios suficientes do delito de extorsão, entretanto a apuração de coautoria e a produção de outras provas materiais exige a quebra do sigilo telefônico dos acusados, a fim de que a polícia tenha acesso integral aos conteúdos existentes nos telefones apreendidos.

No mesmo documento o MPMS também se manifestou quanto ao pedido de Reginaldo Freitas Rodrigues para a remoção do tornozeleira eletrônica, pois segundo sua defesa não há provas concretas das ameaças e violência às vítimas, alegando também que o mesmo realiza alguns trabalhos como segurança particular autônomo e trabalha como comissionado, mas o parquet não acha prudente essa medida.

“Ocorre que o Parquet concorda inteiramente com a decisão (do uso da tornozeleira), de forma que não vislumbra a possibilidade de retirada da monitoração eletrônica, até mesmo porque, em uma detida análise dos fatos, a prioria conduta do requerente deve ser tida como grave” destaca no documento o Promotor de Justiça, Rogério Augusto Calábria de Araújo.

Relembre o caso

O ex-comandante Jose Ivan de Almeida foi preso em um esquema de extorsão juntamente com o policial civil aposentado Reginaldo Freires Rodrigues. A polícia identificou Patrick Samuel Georges Issa como um terceiro envolvido. 

As vítimas que foram ameaçados teriam feito uma negociação onde teria sido gerada a dívida de R$ 80 mil. A partir de então, as vítimas foram cobradas e eles teriam pago R$ 150 mil, quase duas vezes mais e mesmo assim continuaram sendo extorquidas. Atualmente, os empresários estariam devendo mais de R$ 300 mil. Após mais uma ameaça, eles acabaram levando o caso às autoridades.