Polícia

Sem um tostão furado no bolso, homofóbico é preso por agressão, calote e desacato

Outro homem, que estava com ele, também foi preso; o casal ofendido foi embora antes da chegada da polícia, o crime de homofobia não foi registrado

12 JUL 2021 • POR Brenda Assis • 13h36
Imagem Ilustrativa

Na tarde de sábado (10), Clidenilson Ednilson Benedito, de 31 anos, e Alexsandro Francisco Cordeiro, de 41 anos, foram detidos em uma choperia, que fica em um hipermercado de Campo Grande, na Vila Bandeirante. A confusão começou quando Alessandro viu um casal gay no bar e passou a ter atitudes homofóbicas. O outro desacatou os policiais militares, afirmando que era primo de coronel.

Segundo o boletim de ocorrência, equipe foi chamada por conta de perturbação. Um funcionário esclareceu que Alessandro estava no bar, ofendendo um casal homoafetivo. Ele foi até a mesa das vítimas, batia com a mão na mesa e também chutava, chamando o casal de ‘veados’ e que os pegaria fora do bar.

As vítimas reclamaram com a gerência e foram embora do local, para não sofrerem mais constrangimento. Um funcionário pediu que Alessandro não incomodasse as outras pessoas, mas o homem ainda ameaçou a vítima. Quando os policiais chegaram ao local, ele disse que os militares podiam até prendê-lo, mas que “não gosta de veado e não os aceita no mesmo ambiente em que estiver”.

Foi solicitado que Alessandro pagasse a conta, mas ele não tinha dinheiro e saiu devendo ao dono do bar. Ele ainda desacatou os policiais, alegando que “não aguentariam com ele sem a farda” e ainda dizendo xingamentos. O acusado ainda chutou outras mesas do bar e foi algemado. Um amigo que estava com ele, Clidenilson, ainda ameaçou os policiais.

Clidenilson disse que era primo de coronel e que os militares perderiam a farda. Ele também acabou preso em flagrante por tráfico de influência e desacato. A dupla foi encaminhada para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol, onde o caso foi registrado e será investigado.

Como o casal ofendido foi embora antes da chegada da polícia, o crime de homofobia não foi registrado.