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Luta de Cigano é cartada do UFC para se expandir na América Latina

19 OUT 2013 • POR Via Folha • 17h55
Cigano e Velásquez se encaram durante a pesagem para o UFC 166. (Foto: Jorge Correa/Uol)
O terceiro duelo entre o brasileiro Junior Cigano e o americano de origem mexicana Cain Velasquez, na madrugada de amanhã nos EUA, vale o título dos pesados do UFC. Porém, mais do que a carreira deles, afeta o mercado do MMA (artes marciais mistas) na América Latina.

O UFC aproveitou o sabor latino do UFC 166, que terá um duelo entre outros lutadores americanos de origem mexicana na segunda principal preliminar, para fazer a primeira transmissão na TV aberta na Argentina, país que não terá representante.

A programação, cujos cerca de 20 mil ingressos se esgotaram em 15 dias, serve ainda para alavancar o UFC Network. Trata-se de um canal pago dirigido ao público latino e que exibe 24 horas por dia conteúdo relacionado à competição de MMA.

É o produto de um acordo entre a Zuffa, proprietária do UFC, e a Televisa, canal mexicano de TV aberta, que já negocia a implantação do UFC Network em mais países. Sua programação ainda é exibida no México apenas.

Os planos para o UFC no país, como a realização de seu primeiro show no país ou a realização de um reality show aos moldes do "The Ultimate Fighter", dependem de Velasquez.

Na entrevista coletiva, ele disfarçou ao ser questionado se causa mais pressão para esta luta saber que os planos do UFC para o México repousam em seus ombros.

"Não, não. Só penso na luta mesmo", argumentou.

Cigano sabe da relevância de uma vitória sua para o MMA - e o UFC - seguirem o bom momento no Brasil.

"É importante [um país] ter o campeão dos pesados, que é o cara mais malvado do mundo", reconheceu Cigano.

Considerado o melhor lutador de MMA da história, Anderson Silva perdeu o cinturão dos médios em julho. José Aldo, campeão pena do UFC, e Renan Barão, dono do cinturão interino galo do UFC, são menos midiáticos.