Internacional

Grupo de cientistas acredita em variante que supere a Vacina

A análise dos cientistas sugere que "super variante" possa surgir

1 AGO 2021 • POR Mériele Oliveira • 15h51
Cientistas acreditam em "super variante" - Ilustrativa

Uma análise feita por acadêmicos britânicos, publicada pelo grupo consultivo científico oficial do governo do Reino Unido, diz que eles acreditam ser "quase certo" que uma variante do SARS-Cov-2 (vírus que causa a Covid-19) vai surgir e "levar ao fracasso da vacina atual". 

A pesquisa inicial é apenas teórica e não fornece provas de suposta variante já esteja em circulação. 

De acordo com a publicação, a erradicação do vírus é "improvável" e os cientistas estão convictos de que variantes continuarão a surgir, sendo quase certo que a mutação dessas poderá chegar ao ponto de superar a vacina atual, o que poderia torná-la fraca ou ineficaz.

Outro ponto defendido pelos acadêmicos é o de que as novas vacinas não apenas evitem a admissão hospitalar e doenças, mas também "induzam a níveis elevados e duráveis de imunidade da mucosa".

Com isso, é possível reduzir a infecção e a transmissão de indivíduos vacinados, bem como, reduzir a possibilidade de seleção de variantes nesses indivíduos. Nesse sentido, várias fabricantes de vacinas contra Covid-19 já desenvolvem pesquisas para lidar com novas variantes.

As opiniões foram expressas em artigo que trata de possíveis cenários para a evolução de longo prazo do SARS-Cov-2, discutido e publicado pelo Grupo de Aconselhamento Científico para Emergências (SAGE), do Reino Unido.

De acordo com o Grupo, há variantes que surgiram antes da vacinação e que podem, conforme o avanço da vacinação, se tornar mais resistentes.

Em minutos de sua reunião de 7 de julho, os cientistas do SAGE escreveram que "a combinação de alta prevalência e altos níveis de vacinação cria as condições nas quais uma variante de escape imunológico é mais provável de emergir." Eles disseram à época que "a probabilidade de isso acontecer é desconhecida, mas tal variante representaria um risco significativo no Reino Unido e internacionalmente."