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Suspeita de mandar matar marido organizou até ‘carreata da saudade’ para pedir justiça

Toni Flor foi assassinado no dia 11 de agosto de 2020. Viúva organizou protestos e frequentava delegacia para saber sobre a investigação do ex-marido

13 SET 2021 • POR Gabrielly Gonzalez, com G1 • 15h38
Toni Flor morreu após ser baleado em Cuiabá - Facebook

De acordo com a Polícia Civil de Mato Grosso, Ana Cláudia Flor, viúva do empresário Toni da Silva Flor, de 37 anos, morto há pouco mais de um ano em Cuiabá, é ‘fria e calculista’.

Segundo o delegado responsável pela investigação, Marcel Gomes de Oliveira, a mulher, que chegou a liderar uma mobilização na cidade pedindo justiça pelo assassinato do marido, é apontada como a mandante do crime, que teria sido planejado por motivação financeira.

Toni Flor foi assassinado no dia 11 de agosto de 2020. Ele levou cinco tiros quando chegava numa academia. Imagens das câmeras de segurança mostram ele entrando no estabelecimento depois de ter sido baleado.

“O que chamou mais nossa atenção foi a frieza e a dissimulação da Ana Cláudia. Ela ia até a delegacia durante as investigações e chegou ao ponto de organizar uma carreata da saudade. É uma pessoa fria e calculista”, resumiu o delegado.

Ana Cláudia foi presa no dia 19 de agosto e nega que tenha mandado matar o marido. O advogado dela diz que vai provar a inocência.

Duas semanas depois do assassinato, no dia 27 de agosto de 2020, num telefonema anônimo para a delegacia, os investigadores ouviram um nome: Igor Espinosa. E seguiram em sigilo essa nova pista.

“A denúncia informava que o Igor teria comentado que teria matado um lutador de jiu-jitsu na porta de uma academia, e que esse crime teria sido encomendado pela viúva, pela esposa da vítima”, disse o delegado.

Depois da morte de Toni, Ana Cláudia deu entrevistas repetindo a versão do crime por engano. E começou a frequentar a casa da mãe dele.

Toni foi casado com ela por 15 anos e deixou três filhas de 4, 8 e 9 anos. As meninas estão com a avó materna.