Política

Justiça autoriza condução coercitiva de depoente na CPI da Pandemia

Marconny Albernaz pode sofrer a sanção se não comparecer para depor

14 SET 2021 • POR Da Redação, com Agência Brasil • 13h30
Os depoentes podem ajudar explicar o papel de Ricardo Barros em esquema - Rede Brasil Atual

Foi autorizada ontem (13), pela 12ª Vara Federal de Brasília, em atendimento ao pedido liminar feito pela CPI, a condução coercitiva de Marconny Albernaz de Faria, suspeito de atuar como lobista da Precisa Medicamentos, caso não compareça ao depoimento marcado para amanhã, quarta-feira (15), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado. 

O depoimento já havia sido marcado anteriormente e estava previsto para ocorrer no dia 2 de setembro, mas Marconny apresentou um atestado médico e não compareceu. 

Em sentença, a juíza Pollyana Kelly Maciel, decide: “Defiro o pedido de expedição de mandado de condução coercitiva para a testemunha acaso não compareça nem justifique a sua ausência ao ato de inquirição designado, fato que deverá ser imediatamente comunicado a este juízo para fins de expedição do mandado de condução coercitiva”, finalizou a magistrada.

Em outra decisão, o juiz Francisco Codevila, da 15ª Vara Federal, autorizou, no caso de não comparecimento, a condução coercitiva de Marcos Tolentino, empresário suspeito de ligações com o FIB Bank, fundo garantidor do contrato entre a Precisa e o ministério para a compra de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin, suspenso após denúncias de irregularidades.

O depoimento estava marcado para a manhã de hoje (14), às 9h30. Tolentino compareceu e prestou depoimento.

A CPI acredita que tanto Marconny, quanto Marcos Tolentino possam explicar a atuação de Ricardo Barros, aliado de Bolsonaro, na compra da vacina covaxin.