Polícia

Operação “Dark Money” investiga desvio de R$ 23 milhões no esquema de corrupção em Maracaju

Confira quem são os alvos dos mandados de prisão e busca e apreensão

22 SET 2021 • POR Brenda Assis • 08h14
Reprodução/PM

Suposto esquema de corrupção no Executivo de Maracaju, que teria resultado na lavagem de R$ 23 milhões entre 2019 e 2020, é investigado pela Polícia Civil por meio do Dracco (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul).

Na manhã desta quarta-feira (22), seis mandados de prisão temporária foram cumpridos no município, além de 26 mandados de busca e apreensão. 

Conforme divulgado pela Polícia Civil em nota, as ações desta fase das investigações miram servidores públicos que atuaram no alto escalão da administração entre os anos de 2019 e 2020, bem como empresários e empresas com envolvimento no esquema.

Na época, a cidade era administrada por Maurílio Azambuja.

Além dos mandados de prisão temporária efetuados pela polícia civil, ainda há um mandado de prisão temporária em aberto, sendo o investigado considerado foragido.Os suspeitos pela suposta lavagem de dinheiro no município, tiveram bens bloqueados, dentre outras medidas cautelares determinadas pela Justiça.

A polícia civil informou ainda que solicitou ao Judiciário de Maracaju várias medidas cautelares como mandados de prisão temporária contra servidores públicos e particulares, busca e apreensão em empresas, bloqueio de bens e outras, medidas cumpridas nesta quarta-feira (22) pela polícia civil, após parecer favorável do Ministério Público e decisão do Poder Judiciário da Comarca de Maracaju.

A polícia destaca que a denominação Dark Money é uma alusão "a natureza do dinheiro fruto da corrupção sistêmica que atinge setores públicos e perpetrada por seus gestores".

A ação envolve policiais civis de várias unidades de Mato Grosso do Sul, Departamento de Polícia da Capital (GOI, 1°, 2° e 3° DP), Departamento de Polícia Especializada  (Derf e Defurv), Departamento de Inteligência da polícia civil e uma equipe da PCPR - Grupo de Diligências Especiais - GDE da Polícia Civil de Umuarama PR após constatação de deslocamento de um dos alvos para o Estado do Paraná, o qual foi localizado e preso em um hotel naquela cidade.

Presos na operação - 

Durante operação os mandados de prisão foram para o ex-prefeito Maurilio Ferreira Azambuja, que está foragido, e o ex-secretário de finanças do município Lenilson Carvalho Antune.

Também foram presos, Pedro Emerson Amaral Pinto [da Tapeçaria Lobo], Daiana Cristina Kuhn, ex- Secretária Municipal de Administração, Iasmin Cristaldo Cardoso, que já foi Diretora do Departamento de Tesouraria e Moisés Freitas Victor.

Além deles, Fernando Martinelli Sartor, que atuou como Assessor Especial de Gabinete e mantém ainda ao menos um contrato de R$ 60 mil com a Prefeitura para sublocação de parte da Fazenda Serrinha.

Foi feito o bloqueio de bens, além de outras medidas cautelares determinadas pela Justiça. A ação mira servidores públicos que atuaram no alto escalão do executivo municipal nos anos de 2019/2020, bem como, empresários e empresas com envolvimento no esquema.