Justiça

Acusado de matar filha de policial com um tiro na nuca vai a júri popular

Segundo amigos, acusado era apaixonado pela vítima

23 SET 2021 • POR Méri Oliveira • 16h43
Familiares protestam pedindo justiça pela morte de Marielle - Reprodução WhatsApp

O julgamento de Caio Valvassori Staut, que deveria ter sido realizado em abril deste ano, foi marcado para a manhã de hoje, em Dourados pela 3ª Vara Criminal de Dourados. A sessão foi marcada para a manhã de hoje (23), no Tribunal do Júri, para julgar o acusado pelo assassinato de Marielle Andrade Vieira, cometido em 20 de novembro de 2015. 

De acordo com as investigações, na noite do crime, Caio e Marielle estariam na casa dele com um amigo, pois iriam a uma festa depois, quando teria ocorrido o disparo que a levou a óbito. Amigos dos dois relataram à polícia que o autor era apaixonado pela vítima, mas não era correspondido, o que, para as autoridades, poderia ser uma motivação para o crime. O réu, no entanto, alega que o tiro foi acidental. 

À época, houve contradições nos depoimentos dos dois rapazes a respeito de como se deu o crime, sendo que uma das versões apresentadas dava conta de que os dois estariam do lado de fora da casa, quando ouviram um estampido e, ao entrarem no banheiro, onde Marielle estaria se arrumando para a festa, a teriam encontrado já sem vida.

Entretanto, não havia sinal de arrombamento na porta do banheiro. A cápsula do projétil estava dentro do vaso sanitário e a polícia posteriormente chegou à conclusão de que Caio teria tentado se livrar do invólucro. 

O réu responde em liberdade e foi pronunciado por homicídio qualificado em 16 de fevereiro de 2017 pelo juiz Rodrigo Barbosa Sanches.