Economia

Lucro da MRV recua 13,2% no 3º trimestre e fecha em R$ 131 mi

12 NOV 2013 • POR Via Terra • 10h40
(Foto: reprodução)
A MRV Engenharia e Participações viu seu lucro líquido cair 13,2% no terceiro trimestre na comparação anual conforme o esperado, e encerrou o período com geração de caixa de R$ 208 milhões. A construtora e incorporadora mineira informou nessa segunda-feira que teve lucro líquido de R$ 131 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 151 milhões um ano antes.

O resultado ficou em linha com a média das projeções de analistas obtidas pela Reuters, de lucro líquido de R$ 132,7 milhões. Segundo o diretor-executivo de Finanças da MRV, Leonardo Corrêa, o resultado ainda sofreu o impacto de unidades vendidas em 2011 a preços mais baixos e pressões de custos que ainda se refletiram nestes resultados.

"A gente está em processo de recuperação de preços desde 2012, em que a gente vê paulatinamente o resultado cada vez melhor", disse o executivo à Reuters. As margens da companhia ainda mostraram queda em relação ao terceiro trimestre de 2012, mas estáveis na comparação com o segundo trimestre.

A margem bruta foi de 26,6%, enquanto a margem Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 18,3%, com quedas de 2,1 pontos e 4,2 pontos percentuais, respectivamente. "Os momentos de margens mais baixas estão começando a ficar para trás. A gente vai ver uma recuperação leve e gradual", disse Corrêa.

A receita líquida da MRV foi de R$ 1,072 bilhão no trimestre, alta de 4,9% na comparação com o mesmo período de 2012. Já o Ebitda da companhia caiu 14,8% ano a ano, a R$ 196 milhões. Ao final de setembro, o estoque a valor de mercado da MRV era de R$ 4,08 bilhões, ante R$ 4,19 bilhões em junho.

"A gente está mantendo um estoque adequado para o volume de vendas e para o tamanho do mercado", disse, adicionando que a companhia deve intensificar os lançamentos no quarto trimestre, na comparação com o terceiro. Entre julho e setembro, os lançamentos de imóveis caíram 25,5% na comparação anual, para R$ 788 milhões.

Já os cancelamentos de contratos (distratos) foram de R$ 265,5 milhões, queda de 9,6% em relação ao segundo trimestre. Segundo a MRV, 91,4% das unidades distratadas no ano até setembro foram revendidas neste período e com um ganho no preço médio de venda de 15,7%.

Assim, a geração de caixa da companhia no trimestre foi de 208 milhões de reais, chegando a R$ 386 milhões no acumulado do ano até setembro. Corrêa afirmou que a companhia deve ter uma geração de caixa nos mesmos níveis nos próximos trimestres. O destino deste dinheiro ainda será decidido pela companhia, e entre as alternativas estão o pagamento de mais dividendos, ou redução do endividamento, adicionou.