Cultura

Prefeitura abre licitação para terminar 1ª etapa do Centro Belas Artes

O projeto será desenvolvido no prédio inacabado, construído nos anos 90 pelo Governo do Estado

13 OUT 2021 • POR Matheus Rondon • 10h26
projeto do Belas Artes foi desenvolvido num prédio inacabado, construído nos anos 90 pelo Governo do Estado, na região do Bairro Cabreúva, para ser uma estação rodoviária. - Reprodução

Para concluir a primeira etapa  do Centro  de Belas Artes, a Prefeitura de Campo Grande lançou um edital nesta quarta-feira (13). O projeto do Belas Artes foi desenvolvido num prédio inacabado, construído nos anos 90 pelo Governo do Estado, na região do Bairro Cabreúva, para ser uma estação rodoviária, em 2010. Os envelopes com as empresas participantes da concorrência serão abertos no próximo dia 17 de novembro.

Nesta etapa o projeto prevê a conclusão e dar funcionalidade a  4.357,33 metros quadrados de área construída, o que corresponde a 28% de toda a área da estrutura que tem no total 16 mil metros . 

Está é a segunda licitação aberta pela Prefeitura para retomada da obra. Em 2019, uma liminar da Justiça travou a retomada da obra. Quando a decisão foi revista ano passado, a empreiteira que venceu a concorrência pediu rescisão, sob o argumento de que com a pandemia, os preços dos insumos da construção civil dispararam e, com isto, o orçamento previsto na licitação ficou defasado.

Se a obra não for retomada, de acordo com o secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rude Fiorese, a Prefeitura teria que devolver ao  Ministério do Turismo,  aproximadamente, R$ 10 milhões, em valores corrigidos.

Em 2018  foi firmado compromisso com o Ministério  de concluir parte do prédio, com recursos próprios. Em contrapartida, seria encerrado o convênio sem necessidade de ressarcimento do dinheiro liberado”, explica Rude. Além disso, o prefeito Marquinhos Trad teve de fazer várias viagens a Brasília e reuniu-se com vários ministros para garantir a solução que não trouxesse  prejuízo à cidade.

Até que se chegasse ao orçamento previsto na licitação, foram quase seis meses de trabalho para fechar uma planilha com mais de 200 páginas. Como a construção está parada há mais de 10  anos, a estrutura foi alvo de vandalismo e assim, muita coisa terá de ser refeita.

O projeto foi readequado  pelos arquitetos da SISEP  com intervenções  no subsolo, com 1.496,36, onde, em princípio, poderá funcionar o Arquivo Histórico Municipal e o 1º andar, com 2.860.97 metros quadrados, que poderia abrigar a Secretaria de Cultura e Turismo.
No subsolo, há espaço para o acervo  do arquivo municipal e biblioteca. No 1º andar estão previstas salas de dança;  duas salas de multiuso (uma delas com 650 lugares) e um auditório  com 124 lugares.  O projeto contempla ainda um pórtico de entrada; estrutura para separar  a estrutura que será reformada do restante do prédio inacabado, pavimentação do pátio e base de apoio da Guarda Municipal.

Parceria Público-Privada

Junto com a conclusão desta primeira etapa do Belas Artes, a Prefeitura vai trabalhar na construção de uma parceria público-privada que garanta a conclusão e o aproveitamento do restante da estrutura (11.642,67 metros quadrados).