Saúde

Após registrar surto da doença ‘mão-pé-boca’, saúde emite alerta

Comum em crianças menores de 5 anos, a transmissão ocorre por meio do contato direto com saliva, muco (secreção), fezes ou alimentos contaminados.

26 NOV 2021 • POR Camila Farias - com informações da assessoria • 12h44
Imagem ilustrativa

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alertou os pais, por meio da Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica Estadual, que houve um surto de "Síndrome de Mão, Febre e Boca" em crianças menores de cinco anos no Mato Grosso Sul.

A doença é causada pelo vírus Coxsackie e pelo Enterovírus, que podem causar úlceras na boca e lesões nas mãos e pés. A doença pode se manifestar por até 7 dias e se espalhar por até 4 semanas após a recuperação.

Segundo a Coordenadora Nacional de Vigilância Epidemiológica Ana Paula Rezende de Oliveira Goldfinger, a transmissão ocorre por meio do contato direto com saliva, muco (secreção), fezes ou alimentos contaminados.

“É um vírus que acomete, principalmente, crianças menores de cinco anos. A ‘Síndrome Mão-Pé-Boca’ pode causar febre alta nos dias que antecedem as lesões na boca, amidalas e faringe, além de bolhas nas plantas dos pés e mãos, nádegas e região genital. Ainda pode ocasionar dor de cabeça, dor de garganta, mal-estar, irritabilidade, vômito, diarreia e até a perda de apetite, bem como, apresentar dificuldade de engolir e muita salivação”, explica a coordenadora.

“Por isso, é preciso que os pais fiquem atentos quanto ao comportamento dos filhos. Evite que andem em locais desconhecidos e sem higienização adequada e toquem em corrimãos. Se surgir os sintomas, leve imediatamente para atendimento médico. Após o diagnóstico preciso, o uso de medicamento pode aliviar os sintomas”, recomenda Goldfinger.

O que fazer?

 A Gerente Técnica Nacional de Doenças Agudas e Eruptivas Jakeline Miranda Fonseca explica que quando uma criança é diagnosticada com síndrome mão-pé-boca, além de comer bem, ela também deve descansar em casa e beber bastante água. “É recomendável dar às crianças alimentos pastosos, como purê e mingaus, gelatina e sorvete, porque são mais fáceis de engolir. Bebidas geladas, como sucos naturais, chá e água, são essenciais para sua hidratação”.

Outra sugestão é para quem tem que lidar com crianças, lavar as mãos após trocar fraldas e usar lenços, e descartar na lixeira fechada. Se a criança for mais velha, lave as mãos com água e sabão. Use um rótulo de respiração ao tossir ou espirrar - cubra a boca com um lenço de papel ou antebraço. Evite beijar crianças.