Brasil

Réus por tragédia da boate Kiss começam a ser julgados nesta quarta-feira

Incêndio ocorreu em Janeiro de 2013 e deixou 242 mortos

29 NOV 2021 • POR Pedro Molina • 14h23

No dia 27 de Janeiro de 2013 a boate Kiss recebia vários jovens para a festa “Agromerados”, evento que marcaria a formatura de cursos como Veterinária, Agronomia, e vários outros, todos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), localizada no Rio Grande do Sul.

Contando com dois Shows ao vivo, a boate estava lotada, entre 800 e 1.000 pessoas, mesmo com lotação máximo de somente 690. O primeiro show foi de uma banda de rock, o segundo, da banda Gurizada Fandangueira, de sertanejo universitário. O incêndio começou durante o show, após um sinalizador ter sido aceso e as faíscas atingirem a espuma de isolamento da casa de shows e os extintores terem falhado. 

De acordo com os bombeiros, o incêndio se alastrou rapidamente para a pista de dança e tomou conta de todo o interior da boate, com a fumaça tóxica e o cheiro gerando pânico entre as pessoas. 

Vários tentaram deixar o local, mas sem saberem do que se tratava, vários seguranças barraram a saída das pessoas antes do pagamento. Mesmo assim, algumas pessoas conseguiram deixar o local, já outros procuraram os banheiros para tentar fugir ou encontrar uma saída de ar e acabaram morrendo.

Após o incêndio, uma perícia do local revelou os culpados: o material usado no isolamento acústico que continha espuma irregular, o uso de sinalizador em ambiente fechado, a saída única, as falhas no extintor e a exaustão de ar inadequada.

Em Março do mesmo ano foram presos quatro investigados. Os sócios da Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentou naquela noite, Marcelo de Jesus dos Santos; e o produtor musical Luciano Bonilha Leão. Todos os quatro vão a júri popular agora nesta quarta-feira, dia 1º de Dezembro.