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Caso Kiss: Em prantos, réu grita 'eu não sou assassino' em julgamento; veja

Júri começou na manhã desta quarta-feira e deve durar 15 dias, em que 4 são réus

1 DEZ 2021 • POR Gabrielly Gonzalez • 16h30
Luciano Bonilha acompanhado de advogados - Reprodução

Um dos réus do incêndio na boate Kiss, Luciano Bonilha Leão, ex-produtor musical da banda Gurizada Fandagueira, gritou “não sou assassino” ao chegar para o julgamento no Fórum de Porto Alegre nesta quarta-feira, 1º. Um vídeo divulgado mostra o momento em que Bonilha chega ao local, chorando e claramente abalado, acompanhado por seus advogados.

Ele foi o responsável por comprar e ativar o artefato pirotécnico que iniciou o incêndio da boate Kiss, que deixou 242 mortos e 636 feridos em 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

O Tribunal do Júri teve início nesta tarde, mais de oito anos após a tragédia, e deve durar cerca de 15 dias.  Além do ex-produtor, são réus os dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, e o músico Marcelo de Jesus dos Santos. Eles ficaram presos por quatro meses e respondem em liberdade. Os quatro serão julgados por 242 homicídios simples com dolo eventual e 636 tentativas de assassinato.

Em entrevista para o Correio do Povo durante o julgamento no Foro Central de Porto Alegre, Luciano disse que irá tentar passar a sua "verdade" sobre os acontecimentos que levaram a morte de 242 pessoas na boate de Santa Maria, em janeiro de 2013. "Eu penso que esse júri de hoje vai ser meu último grito. Vou tentar passar a minha verdade, a história da minha vida. E eu peço a todos que me escutem", destacou.