Justiça

Caso Kiss: Terceiro dia de julgamento é marcado por discussão

Sessão foi interrompida hoje, por desentendimento entre um advogado e uma testemunha, mas foi retomado

3 DEZ 2021 • POR Méri Oliveira, com Correio do Povo • 17h43
Julgamento não deve se estender até o Natal, afirmam fontes do TJ RS - Correio do Povo

O julgamento do caso Kiss chegou hoje (3) ao terceiro dia, com depoimentos de testemunhas de acusação e algumas das vítimas que sobreviveram ao incêndio da casa noturna, ocorrido em Santa Maria (RS), em 2013. 

Do lado de fora do tribunal onde ocorre o julgamento, foi posto um banner com o rosto e o nome das vítimas. Os registros estão ao lado de um cartaz pedindo ajuda para as famílias e sobreviventes da tragédia poderem se manter durante o julgamento na Capital. 

Um dos réus, Luciano Bonilha Leão, que era produtor musical da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na noite em que morreram 242 pessoas na tragédia de Santa Maria, disse não ser assassino e chegou a passar mal já no primeiro dia de júri, na quarta-feira (1º), recebendo atendimento médico, momentos antes do início da sessão. 

Em depoimento ontem (2), Jéssica Montardo Rosado, uma das sobreviventes e que perdeu um irmão para o incêndio, chegou a passar mal ao relembrar dos fatos, chegando a precisar de atendimento médico. 

A vítima lembrou que, antes de morrer, o irmão Vinícius Montardo Rosado, à época com 26 anos, chegou a ajudar a salvar mais de dez pessoas, ao tirá-las de dentro da boate. 

Já Emanuel Pastl disse não ter visto quaisquer sinalizações, como luzes de emergência, extintores e nem alarme de incêndio no estabelecimento. Após a tragédia, Emanuel se formou em engenharia de incêndio. 

Na manhã de hoje (3),o julgamento chegou a ser suspenso, por causa de um desentendimento entre o advogado Jean Severo, que defende Luciano Bonilha Leão, e Daniel Rodrigues da Silva, testemunha que trabalhava na loja que vendeu o artefato pirotécnico que deu origem ao incêndio. 

O julgamento foi retomado e deve seguir pelos próximos dias. De acordo com informações de fontes do TJ RS, o julgamento não deve se estender até o Natal, mas caso isso chegue a acontecer, não haverá pausa.