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Prefeitura espera aumento no movimento para quitação de débitos

16 DEZ 2010 • POR • 17h42
O movimento na Central de Atendimento da Meta 3 deve se intensificar neste final de semana e nos últimos dias do prazo para os cidadãos negociarem e regularizarem os débitos ajuizados junto à Prefeitura Municipal de Campo Grande. No sábado e domingo, haverá regime de plantão especial para atendimento. Nesta quinta-feira, a circulação de pessoas era tranquila na central montada na antiga Câmara de Vereadores, na Rua Arthur Jorge. Uma média de 250 pessoas é atendida por dia no local e a espera é mínima. “Fiquei surpresa com a rapidez. Não demorei nem dez minutos aqui”, conta Euzemar Gonçalves Mora, de 38 anos, que trabalha há um mês no Hospital Geral do Exército. Ela comprou uma casa no bairro Campo Nobre, região sul de Campo Grande, há três meses e estava regularizando os débitos de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). “Agora estou tranquila e vou tratar de transferir a casa para o meu nome”, comemora a auxiliar geral. A maior parte das dívidas ajuizadas com a prefeitura se refere a débitos com o IPTU. O pintor de carros Robinson Lima Rodrigues, de 46 anos, foi com o irmão até a Central para acertar o débito do IPTU de uma casa no Jardim Itamaracá. “A casa está no nome do meu pai, que faleceu há quatro anos. Quero pagar, mas estou achando muito caro”, disse Robinson. O comunicado encaminhado para a residência apontada dívida de R$ 1.100,00. “Mas o valor para quitar tudo passa dos R$ 2 mil”, complementa o pintor, após ser atendido. As dívidas também podem ser outra natureza. O ex-feirante Paulo Dantas, de 43 anos, estava na central com a esposa para regularizar débitos de taxas cobradas quando realizavam feiras populares nos bairros. Até 2002, o casal trabalhava vendendo queijos e doces caseiros em sete bairros de Campo Grande. Para ter um ponto na feira livre, é preciso pagar uma taxa anual para a prefeitura. O valor cobrado dos dois ultrapassa os R$ 600,00. “É complicado, porque a prefeitura não avisa que os valores continuam sendo cobrados mesmo depois que se parou de trabalhar na feira. Mas vamos negociar para começar 2011 sem dívidas”, garantiu Paulo, que tinha pressa. “Preciso pagar e dar baixa, senão amanhã já tem dívida da taxa do ano que vem”, falou o ex-feirante. No caso do comerciante Alberto Vieira, o trâmite judicial é o maior complicador. Ele adquiriu um terreno na área central e agora precisa fazer o inventário dos bens. Quando foi citar o imóvel no documento, constam dívidas da antiga proprietária, datadas do início dos anos 2000. “Vou negociar, ver se o espírito do Natal colabora”, brincou Alberto, ao falar sobre a dívida de mais de R$ 3.000,00. De acordo com o secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Paulo Nahas, a iniciativa para zerar débitos ajuizados, iniciada em 18 de outubro, tem se mostrado satisfatória. A data final, 22 de dezembro, não será prorrogada. “A população conseguiu entender que além de quitar as dívidas com descontos ainda resolve o problema judicial, com o processo de execução fiscal”, comentou Nahas. A Prefeitura está oferecendo descontos de 100% sobre os juros de mora e até 50% no valor principal da dívida. O que determina o percentual de redução é de quando se trata a dívida. Até ontem, a Central recebeu 26.393 pessoas. Para Nahas, os três últimos dias serão de intenso movimento por dois motivos, um cultural e outro financeiro. “Muitas pessoas deixam tudo para última hora e podem aproveitar o 13° salário para liquidar seus débitos”, disse o secretário de Finanças. O governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande creditam o 13° salário no sábado. As empresas privadas, em sua maioria, depositam a segunda parcela no dia 20 de dezembro. Fonte: CG News