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Condenados por mortes na Boate Kiss começam a cumprir pena

As penas vão de 18 a 22 anos de prisão para os autores

15 DEZ 2021 • POR Sarah Chaves com informações da CNN • 13h13
Kiko Spohr, Mauro Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão durante o júri - TJ-RS

Condenados no julgamento do incêndio da Boate Kiss na última sexta-feira (10), os quatro homens se entregaram à Justiça e já foram encaminhados para o sistema penitenciário após o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubar um habeas corpus preventivo dos réus.

Os sócios da boate Kiss, Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha Leão foram condenados no julgamento da tragédia que aconteceu em 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.

Luciano e Marcelo foram encaminhados para o presídio estadual de São Vicente do Sul, a cerca de 90km de Santa Maria. Elissandro, também conhecido como Kiko, está no Complexo Penitenciário de Canoas (RS), enquanto Mauro Hoffmann foi levado para a unidade prisional de Tijucas, em Santa Catarina.

Marcelo e Elissandro já haviam se apresentado à Justiça logo após a decisão de Fux.

Os quatro acusados foram sentenciados pelo juiz Orlando Faccini Neto, do RS. As condenações valeriam a partir de seu anúncio. No entanto, um habeas corpus preventivo, concedido pelo desembargador Manuel José Martinez Lucas do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), a um dos réus impedia o cumprimento imediato das penas

Elissandro Callegaro Spohr (sócio da boate) pegou 22 anos e 6 meses de reclusão, Mauro Londero Hoffmann (também sócio): pegou 19 anos e 6 meses de reclusão, Marcelo de Jesus dos Santos (vocalista da banda Gurizada Fandangueira) e Luciano Bonilha Leão (auxiliar da banda) pegaram 18 anos de reclusão.

O desastre, que matou 242 pessoas e deixou 636 feridas, começou no palco, onde se apresentava a banda Gurizada Fandangueira, após um show pirotécnico. As chamas logo se alastraram, provocando muita fumaça tóxica. Um dos integrantes disparou um artefato pirotécnico, atingindo parte do teto do prédio, que pegou fogo.