Brasil

Indígena de 8 anos é a 1ª criança vacinada contra a covid-19 no país

Ele recebeu a dose em uma cerimônia simbólica realizada hoje (14) no Hospital das Clínicas de São Paulo

14 JAN 2022 • POR Sarah Chaves, com Agência Brasil • 13h50
Davi Seremramiwe Xavante - Reprodução/TV Globo

A primeira criança na faixa de 5 a 11 anos de idade a ser vacinada no país foi Davi, o indígena xavante de 8 anos que mora em Piracicaba, no interior do estado de São Paulo.

Ele recebeu a dose em uma cerimônia simbólica realizada hoje (14) no Hospital das Clínicas de São Paulo, com a presença do governador de São Paulo, João Doria.

Davi tem deficiência motora rara e recebe tratamento especializado no Hospital das Clínicas. Ele tomou a primeira dose da vacina da Pfizer/BioNTech, o único imunizante aprovado até o momento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicado em crianças de 5 a 11 anos. A vacina é feita especialmente para esse público: a dosagem é menor do que a que está sendo aplicada em adultos.

Em entrevista online, transmitida durante o evento, o pai da criança, o cacique xavante Jurandir Siridiwe, agradeceu a vacinação do filho. “Agradeço muito essa compreensão, essa visibilidade, esse diálogo. Que os indígenas tomem vacina”, disse ele. “Será seguro quando as aulas voltarem”, acrescentou.

Inicialmente serão vacinadas crianças com comorbidades, indígenas e quilombolas. Depois a vacinação deve seguir por ordem decrescente, iniciando pelas crianças de 11 anos.

O primeiro lote da vacina pediátrica da Pfizer chegou ontem (13) ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), contendo 1,2 milhão de doses. Esse lote está sendo distribuído para todo o país. Até o final deste mês, o Brasil deve receber um total de 4,3 milhões de doses desse imunizante.

Em Mato Grosso do Sul as doses devem chegar no final da tarde desta sexta-feira (14). A SES também divulgou no Diário Oficial desta sexta-feira (14), a Resolução Nº 07/CIB/SES, em que informa que a vacinação em crianças acontecerá de forma decrescente iniciando a partir dos 11 anos de idade até chegar às crianças de 5 anos de idade.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, os pais ou responsáveis deverão estar presentes manifestando sua concordância com a vacinação. "Em caso de ausência de pais ou responsáveis, a vacinação deverá ser autorizada por um termo de assentimento por escrito que poderá ser retirada nas secretarias municipais de saúde".