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Futuro de Schumacher é incerto, dizem médicos

30 DEZ 2013 • POR Via Bing • 10h46
(Foto: Tony Gentile/Reuters)
Michael Schumacher segue internado em estado crítico no Centro Hospitalar Universitário Grénoble, na França. Em uma entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (30), os médicos do heptacampeão negaram que ele tenha sido submetido a uma segunda cirurgia, mas reforçaram que o estado dele ainda é crítico.

“Nós podemos dizer que ele está lutando pela vida. Nós entendemos que ele está em uma situação muito séria”, frisou o anestesista-chefe do CHU de Grénoble, professor Jean François Payen. “Nós ainda não podemos dizer qual será o desfecho disso. Nós estamos trabalhando de hora em hora, mas é muito cedo para dizer o que vai acontecer e para ter um prognóstico”, continuou.

“Nós achamos que o capacete ajudou. Sem o capacete, ele não estaria aqui agora”, garantiu.

O médico Stéphane Chabarde, que é amigo pessoal de Schumacher, reforçou que o capacete não foi suficiente para proteger a cabeça do piloto. “O capacete não foi o suficiente para protegê-lo completamente, mas realmente ajudou”.

“Ele está em uma condição crítica e nós podemos dizer que ele está lutando pela vida. Sem o capacete, ele não estaria aqui agora”, assegurou o médico.

Segundo a equipe médica, a objetivo com o coma induzido é “reduzir a pressão intracraniana”. Os médicos querem “reduzir os estímulos externos e garantir uma boa oxigenação ao cérebro” do piloto.

Em respeito à família do piloto, os médicos não quiseram entrar em maiores detalhes sobre a condição de Michael. “É uma situação séria, mas não posso entrar em detalhes”, comentou um dos integrantes da equipe.

Anestesista-chefe do CHU de Grénoble, professor Jean François Payen, ressaltou que o atendimento feito a Schumacher foi bastante rápido e tudo que pode ser feito pelo piloto está sendo feito.

“Eu diria que este acidente aconteceu no lugar certo, pois ele foi levado ao hospital imediatamente e operado assim que chegou. Isso significa que o estado dele é crítico, ele ainda está em coma e ele vai ficar em coma”, explicou. “No momento, tudo que precisava ser feito foi feito. Nós não podemos dizer exatamente quando ele vai se recuperar. Ainda não podemos responder isso”, continuou.

O professor Stéphane Chabarde também esteve na coletiva e afirmou que, assim como a família, está muito preocupado com a condição de Schumacher. “Vim aqui não como médico, mas como um amigo”, explicou.

“Gostaria de agradecer a todos pelo apoio e pela excelente equipe médica que o tratou tão bem”, continuou. “Estou muito preocupado, assim como a família. Nós estamos muito preocupados com a condição dele”, reforçou.

“Os médicos não vão dizer mais, porque eles não podem dizer mais. Eles estão trabalhando de hora em hora”, destacou. “Este tipo de acidente, felizmente ele tem 45 [anos], o que é melhor do que se ele fosse mais velho”.

O germânico de 44 anos sofreu um acidente enquanto esquiava na estação de Méribel, em Saboia, na França, na manhã do último domingo. O ex-piloto da F1 estava em um trecho entre duas das mais difíceis pistas da estação e bateu a cabeça em uma pedra no momento da queda.

Resgatado por dois patrulheiros, Schumacher foi removido de helicóptero para o hospital de Moûtiers, localizado a cerca de 15 km da estação. Pouco depois, o ex-piloto foi levado ao Centro Hospitalar Universitário de Grénoble, onde já chegou em coma.

Em um comunicado divulgado na noite de domingo, os médicos informavam que Schumacher estava em estado crítico e lutando pela vida.

O ex-piloto de Ferrari e Mercedes está acompanhado pela esposa e pelos dois filhos, além do Dr. Gérard Saillant, amigo da família e especialista em lesões de cabeça e coluna. Ainda nas primeiras horas após o acidente, Jean Todt, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e ex-chefe de Schumacher, e Ross Brawn, com quem o piloto trabalhou na Benetton, na Ferrari e na Mercedes, chegaram ao hospital para prestar apoio à família.