Roteiros de comédias brasileiras são alterados de olho no sucesso
30 DEZ 2013 • POR Via Folha • 11h28
'Até que a Morte Nos Separe 2'. O primeiro filme foi visto por 3,4 milhões. (Foto: divulgação)
Do roteiro à escalação do elenco, os produtores tentam prever o impacto que o filme terá no espectador.Ao adaptar a peça "E Aí... Comeu?" para o cinema, Augusto Casé avaliou que teria de expandir o público-alvo. "A comunicação do filme com a classe C tem de existir", disse o produtor.
Ele eliminou do roteiro uma menção a aborto, existente na peça, e alterou a idade de uma adolescente. No filme, ela tem 18 anos. "Não tinha como um cara mais velho transar com uma garota de 16. São detalhes que fazem a diferença", disse Casé.
Foi de Mariza Leão a ideia de filmar "Meu Passado Me Condena" em um transatlântico. O filme, com Fábio Porchat e Miá Mello, é baseado na série de mesmo nome, produzida por Mariza para a TV.
"Esse filme não tinha DNA de blockbuster. Mas neste negócio há uma dose de imponderável", disse Mariza.
Yafa Britz aprendeu as minúcias de projetos bem sucedidos quando atuou na Total Filmes, produtora responsável por sucessos como "Divã" (2009) e "Se Eu Fosse Você" (2006). Em 2010, ela fundou a Migdal Filmes e lançou naquele ano o filme com tema espírita "Nosso Lar", visto por 4,1 milhões de pessoas.
No segundo projeto, o principal desafio foi convencer os patrocinadores do potencial do personagem politicamente incorreto vivido por Paulo Gustavo nos palcos em "Minha Mãe é Uma Peça". "É diferente, um homem no papel de mãe de família. Havia dúvidas sobre o desempenho no mercado." Amparada por 4,5 milhões de ingressos vendidos, ela já prepara a continuação.