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Entrevista A

"Estamos na faixa máxima de avaliação", diz Ayache

Reeleito, Ricardo Ayache reforça compromisso com o funcionalismo público

23 março 2019 - 08h23Mauro Silva    atualizado em 23/03/2019 às 09h47

JD1 Notícias – Sua reeleição na Cassems indica que a chapa está no rumo certo?

Ricardo Ayache –
Pelo menos no que diz respeito a nossa reeleição, acredito que se deva a alguns fatores como capacidade de diálogos da nossa gestão com os servidores públicos, com as lideranças sindicais, o que dá transparência à gestão. E, permitiu também que houvesse uma participação muito forte dos servidores nos rumos dados na Cassems.Com isso, nós conseguimos tomar decisões muito mais acertadas do que os possíveis erros que têm ocorrido ao longo dos anos, o que nos trouxe um índice de satisfação muito grande, pois temos um índice de 85% de ótimo e bom em todo o Estado, demonstrando que o caminho que escolhemos é o mais correto, mais próximo dos anseios dos servidores, o que permitiu, além da satisfação, o crescimento da instituição, colocando-a entre as mil maiores empresas do Brasil, isso por dois anos consecutivos.

JD1 Notícias – A Cassems tem ampliado sua rede de hospitais. Por quê?

Ricardo Ayache – 
Porque nós sabemos dos desafios que temos na gestão da saúde em todo o mundo e, principalmente, no Brasil. E um dos maiores desafios é ter estrutura de atendimento no interior, médicos capacitados, especializados para atender os pacientes em todo o Estado, pois existe uma grande concentração de médicos nas capitais e nas maiores cidades. Portanto, à medida que estruturamos unidades hospitalares nas diversas regiões do Mato Grosso do Sul, hoje são dez hospitais, no total, conseguimos fazer com que a saúde se desenvolva em cada uma dessas regiões, aproximando o atendimento e facilitando a ida de novos profissionais para as cidades interioranas e, assim, minimizando os problemas existentes em cada região. Um exemplo é o ocorre em Três Lagoas, onde a única hemodinâmica que realiza angioplastias, tratamento de infartos de derrames e o único CTI-Neonatal estão dentro do Hospital Cassems da cidade.  O único serviço da costa leste toda, ou seja, um dos locais que mais se desenvolve no Estado é o hospital. Aquidauana é outra cidade onde temos tomografia, cirurgias por vídeo, procedimentos que antes não eram executados. Nova Andradina tem serviços de diagnósticos, Ponta Porã com  a oncologia e tratamento urológico, que não tinha na região.  Estes são grandes serviços que estamos prestando e desenvolvendo em cada município, ajudando a saúde a crescer regionalmente, assim como aqui em Campo Grande, onde estamos inaugurando uma UTI Pediátrica, pois aqui existe uma demanda por leitos muito grande e, mais uma vez, prestamos um serviço importante não só para nossos associados, mas para toda a sociedade.  E, no mês de novembro passado, inauguramos o hospital de Corumbá e agora, entre abril e maio, vamos inaugurar o serviço de hemodinâmica, inédito na região do Pantanal e evitando que pessoas morram na estrada por não ter um tratamento adequado. Estes são trabalhos importantes e que ajudam a desenvolver a saúde no Estado.

JD1 Notícias – A base sindical da chapa nunca atrapalhou uma gestão mais profissional?

Ricardo Ayache –
Muito pelo contrário. O movimento sindical tem um papel importante na construção do nosso plano de saúde, pois ele sempre apoiou as boas causas, as boas propostas, defendendo os interesses dos servidores, mas sempre atentos às necessidades de gestão ao posicionamento estratégico da Cassems. E, ao contrário do que se fala, é necessário estabelecer um diálogo, assim como fizemos, para conseguirmos alcançar  muitos pontos com os sindicalistas. Claro que, se fizéssemos o contrário, como muitas vezes nos sugeriram fazer, impondo mudanças, a falta de diálogos, sem participação e transparência, isso geraria rejeição. O servidor público do Mato Grosso do Sul tem um papel importante, pois nos últimos 20 anos não houve nada mais significativo do que a construção da Cassems, formada por dez hospitais, centros odontológicos, centro de prevenção. São cerca de R$ 50 milhões injetados todos os meses no mercado de saúde sul-mato-grossense. E o serviço foi feito lado a lado com todos os servidores, sendo este um trabalho inédito no Brasil, o único Estado onde nós gerenciamos a própria saúde.

JD1 Notícias – O Hospital Cassems em Campo Grande alcançou o público esperado?

Ricardo Ayache –
Ele superou as nossas expectativas antes do tempo estimado, de modo que hoje nós temos um hospital que está com a sua ocupação bastante elevada e estamos planejando uma ampliação, estamos na fase de projetos e vamos buscar viabilização financeira para executar a obra. Não há um prazo, mas acredito que seja em breve, pois a prioridade é ampliar o hospital de Dourados, e já neste primeiro semestre iniciaremos a ampliação.  

JD1 Notícias – Como estão os indicadores de qualidade da Cassems?

Ricardo Ayache –
Estamos na faixa máxima de avaliação da Agência Nacional de Saúde e quando as avaliações incluem os beneficiários o índice salta para 90% de satisfação. Temos índices muitos elevados de qualidade nos mais diversos aspectos do ponto de vista da assistência à saúde, hospitalar, estrutura própria, e do ponto de vista financeiro existe um equilíbrio.

JD1 Notícias – Ricardo Ayache abandonou a política?

Ricardo Ayache –
Estou desfiliado de partido. É claro que é sempre gratificante ter o seu nome lembrado nas mais diversas eleições, isso é o reflexo do trabalho que temos realizado à frente da Cassems, onde temos a confiança do funcionalismo público, mas neste momento estou focado na gestão do hospital. Acabei de ser reeleito, junto com minha chapa, com um enorme apoio e confiança depositada pelos servidores em nosso trabalho, representados por 97% de pessoas que vieram votar, nos apoiando. Mas, em relação ao futuro político, não podemos definir hoje o que vai acontecer daqui uns seis anos, gosto muito e repito uma frase de Juscelino Kubitscheck, em que ele fala que política é destino. Este é o papel que nos foi dado e vamos cumprir da melhor forma.

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