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Opinião

O poder do dom para as futuras gerações

01 outubro 2014 - 00h00Dominique Magalhães
A geração “nem-nem” - grupo de adolescentes que não estuda, não trabalha e não está à procura de emprego - está crescendo de forma preocupante no Brasil. Dados divulgados recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) baseados na Pnad 2012 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) apontam que o número de jovens entre 15 e 29 anos nesta situação chegou a 9,6 milhões no país no ano passado, isto é, uma em cada cinco pessoas da respectiva faixa etária.

Descobrir e incentivar o dom ainda na infância pode ser uma das saídas para o problema dessa geração. Possivelmente alguns destes jovens não tiveram a presença dos pais e a possibilidade de trocar esse olhar, não por desinteresse destes, mas por necessidades de trabalhar fora de casa, ou mesmo de quem os ajudasse a perceber seus gostos, seus talentos e suas habilidades, por mais simples que fossem.

Educar e estimular a curiosidade nos pequenos ajuda na hora do desenvolvimento do dom. Os responsáveis precisam incentivar suas crianças a conhecer diversas atividades e devem apoiá-los a explorar aquelas com as quais eles mais se identificam. Somos induzidos a ter dinheiro e sucesso através de uma ocupação, e muitas vezes abandonamos algo que temos de especial quando escolhemos nossos caminhos profissionais, sem levarmos em consideração a dádiva que recebemos ao nascer.

Geralmente demonstramos nosso dom ainda muito cedo: por volta dos sete a oito anos ele se mostra nas brincadeiras prediletas da criança.  Os pais possuem maiores possibilidades de notar e incentivar as habilidades que os filhos têm. Conforme a criança desenvolve seu talento e conquista bons resultados, ela distingue seu verdadeiro potencial.

Ajudar neste reconhecimento os encoraja a enfrentar as futuras dificuldades, a fazer boas escolhas e os motiva a encontrar sua felicidade. O talento descoberto e valorizado transforma a pessoa certa, no lugar adequado e no momento perfeito. Em contrapartida, quando um dom é sufocado ou negligenciado e insistimos em atividades com quais não temos a menor sintonia, o resultado é frustrante e às vezes até traumatizante.

Dominique Magalhães - autora do livro “O que falta para você ser feliz”, lançamento da Editora Gente, é empresária com atuação em desenvolvimento social e mentora do “Projeto Social Dom – Qual o seu Dom?”

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