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Opinião: Fechar ou não fechar? Eis a questão!

19 março 2021 - 12h32Sergio Maidana    atualizado em 19/03/2021 às 12h33

O Brasil vive uma séria epidemia de contágio por Coronavirus e os “negacionistas” aparecem criticando todos os atos de prefeitos ou governadores que propõe o lockdown ou diminuição de circulação de pessoas. Os negacionistas falam tudo, se dizem cultos em matéria de ciências, sabendo mais do que médicos e cientistas, e estão atrapalhando a diminuição de contágio com a má informação que passam.

Necessário lembrar que o país tinha em janeiro do ano passado só 41 mil leitos de UTIs, e que a orientação do Ministério da Saúde, até então, era que somente hospitais com mais de 100 leitos seriam obrigados a implantar UTI. Alguns hospitais públicos e particulares, implantaram leitos de UTIs sem obedecer esta regra, caso contrário teríamos menos leitos. De janeiro de 2020 a janeiro de 2021, aumentaram em 61% os leitos de UTIs no Brasil, pulando de 41 mil para 66 mil, leitos, destes, 31 mil foram reservados a pacientes com Covid-19.

Ocorreu da pandemia ter uma onda, cujo pico foi em julho/agosto do ano passado, com 46 mil novos casos diários em média, e 1.050 óbitos. Após agosto, foram reduzindo vertiginosamente os casos para chegar no começo de novembro/2020 com média de 13 mil novos casos/dia e 305 óbitos/dia.

A partir de então, teve uma crescente alta, talvez em razão do brasileiro ser imediatista e não ter paciência para esperar a pandemia passar, passou a relaxar nas cautelas com a  doença, a  se aglomerar e levar uma vida social normal. O resultado disso foi que no natal de 2020 tínhamos a  média de 770 óbitos/dia  e 48 mil casos/dia. 

Mas, apesar de 99% dos médicos e enfermeiros do país pedirem cautela e cuidados a população, essa se achou no direito de enfrentar a guerra com o inimigo invisível e poderoso, de peito aberto. O resultado é o colapso na saúde pública que ocorre atualmente, com a média de 71 mil novos casos diário e 2.087 óbitos diários.

A guerra está sendo vencida pelo coronavírus de forma cruel, pois, retira todos os dias 70 mil pessoas da produção (assim atrapalhando a economia, que tanto aborrece o presidente Bolsonaro e sua equipe), e levando a  óbito 2 mil pessoas (que também tem reflexos econômicos negativos na economia familiar dos herdeiros do falecido). 

A doença tem contágio rápido, dizem os especialistas que o contágio seria de 1 pessoa infectada passa para 3 pessoas, já a gripe, dizem que é de uma pessoa para outra (1x1), o que passa a ser a famosa “virose” que os médicos tanto falam quando vc está “maus” de gripe. A “gripezinha” logo some, dura umas 4 semanas no máximo o surto em uma região, mas o coronavirus não! é forte e persiste. É uma pandemia, e infelizmente, o presidente Bolsonaro jogou politicamente e perdeu. Apesar de perder, tendo apostado que era uma “gripezinha”, continua a mentir o resultado, afirmando que a culpa é de fulano ou beltrano, inventando teorias da conspiração. A atitude infantil e caolha do presidente, agravou e certa forma o quadro, sendo que agora, temos até pessoas rejeitando ser vacinadas por orientação do chefe de estado brasileiro.

Se vivemos uma guerra, para combate-la, temos que usar da mesma estratégia do inimigo. O inimigo é forte, poderoso e impiedoso. Então, A ÚNICA SAÍDA SERÁ INIBIR O INIMIGO DE ATACAR, assim, a solução seria reduzir drasticamente a mobilidade da população por um período de uma semana, para que, o contagio diminua, e possamos “respirar” com o baixo contágio, e  diminuição da superlotação dos hospitais.

Mas, esta iniciativa tem que vir calcada em patriotismo(o que falta para o brasileiro), pois estamos perdendo a guerra, e necessário é o sacrifício momentâneo. Mas, como disse uma vez um amigo italiano: brasileiro é um povo mesquinho, só pensa nele. No momento em que se fala em  segurarmos as rédeas para que a doença não extrapole e exploda de forma incontrolável, os que se sentem “prejudicados” querem contestar a ciência e  a derrota iminente frente ao inimigo.

E olha, esta doença já prejudicou todo mundo, de forma econômica ou emocional, pois, tenho conhecimento de muitas pessoas que “pegaram” a doença e ficaram com sequelas. Parentes meus infectados, perderam o paladar e olfato, estão em tratamento, mas não ficaram 100%; amigos desenvolveram câncer após a infecção; amigos ficaram com sequelas que estão tratando. Assim, está na hora do Sr. Jair Bolsonaro ter uma atitude de patriota e de homem, e admitir que o inimigo é poderoso.

E tenho mais histórias para contar, um pai de um amigo, foi para o hospital na sexta e na quarta feira foi a óbito, muito rápido e prematuro o seu falecimento, com o corona sendo insensível e cruel. E temos inúmeros casos desta doença cruel  e impiedosa, e não podemos mais nos acovardar e não ter iniciativa para tentar conter o contágio e diminuir até zerar os óbitos com um lockdown  de no mínimo 7 dias, e depois se não resolver, e o governo federal não “tomar juízo” comprando vacinas, faremos outros e outros. Não é hora de ficarmos com picuinhas, é hora de termos consciência que vivemos uma guerra.

Assim, vamos parar e ficar em casa ao menos  9 dias (deste sábado até domingo que vem), para tentarmos frear esta doença maldita.

Tenha fé em Deus, tenha fé na vida!(Raul Seixas)

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