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Opinião - OBRA INACABADA

16 setembro 2021 - 13h57Carlos Marun    atualizado em 16/09/2021 às 14h00

Não podemos subestimar a importância do que aconteceu. A absolvição do Presidente Temer no caso do “Inquérito dos Portos” é algo que extrapola os limites de uma simples sentença. É a segunda absolvição sumária e é prova de que eu estava certo quando acusei a existência de uma “Conspiração Asquerosa” que tinha por objetivo retirar do Poder Temer e seu Governo de Centro.

O breve Governo Temer se divide em três fases distintas. A primeira se inicia na posse, em 16/05/16, e dura exatamente um ano. Ali o Governo do MDB mostrou a que vinha. Tendo discutido e colocado no documento “Ponte para o Futuro” o que faria se chegasse ao Poder, o Partido, ao contrário de outros que ao atingirem esta condição pediram  aos eleitores que esquecessem o que haviam dito ou escrito, seguiu sua cartilha. Chamou outros Partidos e instalou no Governo uma Frente Democrática, mas sempre ditou o rumo a partir da serenidade do Presidente Temer e da sua coragem de tomar atitudes até impopulares mas sempre visando o sucesso do Brasil. Foi um ano profícuo.  Aprovamos o Teto para os Gastos Públicos e a Economia voltou para os trilhos. O Brasil avançava em todas as áreas. Propusemos as Reformas Trabalhista e da Previdência. A primeira passou sem muitas dificuldades. Com a segunda a situação era mais difícil, mas avançamos. A aprovamos  na Comissão Especial que eu presidi. E no dia 16/05/2017 concluímos que tínhamos os votos para aprovar a Reforma da Previdência. Exatamente um ano depois da posse. Marquei uma reunião no Planalto com os Deputados que na Comissão havíamos aprovado o Texto Base. Queria compartilhar com eles a notícia e convocá-los para sermos a “vanguarda” daquele “ataque final”. Ao chegar à sala de reunião do Gabinete do Ministro-Chefe da SEGOV, que depois vim a utilizar, constatei que o ambiente era de tragédia. Todos assistiam atônitos a TV. A armação envolvendo a JBS havia se tornado pública. As 19 hs. Depois do fechamento da Bolsa e da garantia de que os Batista também com isto lucrariam. Já então era evidente a absoluta falta de credibilidade dos dirigentes deste conglomerado econômico e o áudio gravado sob encomenda claramente demonstrava a inexistência de delito, coisa hoje reconhecida de forma até sumária pela Justiça. Mesmo assim esta trama serviu de motivo para que mais uma vez tentassem parar o país.

É óbvio que isto não aconteceu por acaso. Foi um golpe articulado contra um Brasil que mais uma vez ousava querer dar certo.

Dali para a frente fomos para a defensiva. Ali começou a segunda fase do nosso Governo. Tivemos que até ao final do ano enfrentar dois “impeachment” provocados por “denúncias fatiadas” promovidas pelo Sr Janot.

O ano foi difícil, mas vencemos os dois. E sem que o Governo fosse paralizado. Com coragem, habilidade e serenidade o Presidente encapsulou a crise e continuou governando.

Vencidas as “flexas envenenadas” o Governo  decidiu voltar à luta pela Reforma que entendíamos como a mais importante de todas. Chegamos a terceira fase. O Presidente colocou na chefia da sua Articulação Política o ex-Presidente da Comissão da Reforma da Previdência  num sinal claro que ainda acreditava na sua aprovação. Aí outra denúncia inepta ganha força. Falo do tal “Inquerito dos Portos”. Prisões, achincalho, acusações a família, rompimento do sigilo bancário do próprio Presidente... tudo para o Inquérito acabar sendo julgado imprestável na Decisão Judicial presente.

Cada uma destas farsas mereceria um livro, mas tenho condições de resumir o seu objetivo: retirar do Poder ou no mínimo inviabilizar um Governo sereno, litúrgico e determinado que firme e democraticamente fazia o Brasil avançar. Um legítimo e concreto Governo de Centro!

Nos atrapalharam, mas não nos derrotaram. Mesmo em meio a esta “tempestade perfeita” o breve Governo Temer é um êxito sob todos os ângulos que venha a ser analisado. Economia, Educação, Saúde, Segurança, Meio-Ambiente...

Analisemos melhor estes aspectos. Chegamos ao Governo com uma recessão de 8,6% acumulada nos últimos onze trimestres, com uma inflação anual que beirava os 10% e com Juros Básicos próximos a 15%. Estava assim o jogo quando o Professor Michel Temer entrou em campo. Sim, Professor. Porque antes de governar precisou ensinar que precisávamos de uma convergência mínima para que pudéssemos avançar. Como? Conquistando o apoio firme dos partidos que compunham a nossa base e respeitando o direito de a Oposição fazer oposição. Feito isto, precisávamos também de credibilidade e com o Teto de Gastos o Professor Temer transformou-se no primeiro Presidente da Republica a colocar na Constituicão Federal um limite para os seus próprios gastos. Os resultados logo começaram a aparecer. Ainda fechamos 2016 em recessão, mas menor do que os 4,6% negativos dos últimos doze meses anteriores a nossa posse. Em 2017 já vencemos a recessão e voltamos a crescer. A inflação já havia caído para 2,95% e o Juro Básico para 7% ao ano, o que não acontecia desde 1997. No último trimestre já foram criadas 1.8 milhão de novas vagas. E os avanços aconteciam em todas as áreas. Continuamos grandes obras como a Transposição do São Francisco. Zeramos a fila do Bolsa Família. Fizemos a Reforma do Ensino Médio. Atingimos índices historicamente baixos no desmatamento, isto em um ambiente de crescimento do nosso AgroNegócio. Declaramos guerra ao banditismo e em 2028 reduzimos em 13% o número de mortes violentas no Brasil, número que há muitíssimos anos subia constantemente. Chegamos ao final de 2018 com um crescimento de 1,8% no PIB, número não mais alcançado. Tudo isto tendo, além das fardas, passado por uma “Greve de Caminhoneiros”, que começou a partir de compreensíveis reinvindicaçoes mas que no decorrer dela foi infiltrada por movimentos de extrema direita que buscavam o Totalitarismo. E sem termos conseguido aprovar a Reforma da Previdência, já que neste quesito nos venceram os que conspiraram contra o Brasil.

É por tudo isto que eu não me canso de afirmar, e   sem medo de errar, que o Governo Temer foi o melhor da História da República por hora de mandato.

Pena que só durou dois anos!

É uma obra que não pode ser concluída ...

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