As irmãs Isabella Silva Fernandes, de 11 anos, e Julia Silva Fernandes, de 6 anos, junto de sua a avó Tasmania Silva de Lucena Soares, de 45 anos, desapareceram na manhã do dia 30 de março, depois de terem sido deixadas em um supermercado de Anápolis, com o objetivo de comprar apenas um presente para uma delas. Elas ficaram desaparecidas por oito dias, mobilizando policiais, bombeiros e familiares em buscas.
A última vez que elas foram vistas foi em uma mercearia em Goianápolis, onde imagens da câmera de segurança mostram o trio comprando salgadinhos e refrigerante e saindo por uma estrada de terra. No dia seguinte, familiares encontraram mechas de cabelo, uma garrafa pet de refrigerante e um saco de salgadinhos, nas margens do córrego Sozinho, no município. Segundo a polícia, houve buscas, com o apoio de cães farejadores, na margem direita do córrego, mas sem obter sucesso.
Mas para a surpresa de muitos, a avó, que ficou desaparecida com as duas netas por oito dias, teria tapado as bocas das crianças, toda vez que alguém se aproximava da mata onde estavam escondidas. A criança mais velha, Isabella, relatou a situação para o pai, logo depois ter sido encontrada e resgatada, na última quarta-feira (06). Ela disse que por várias vezes ouviu gritos e movimentação de pessoas, que buscavam pelas crianças e pela avó.
“No momento que a gente ia pedir socorro, a vovó acabava tapando a nossa boca”, teria dito a menina ao pai, segundo o delegado de Goianápolis, Rodrigo Arana, que investiga o caso.
À Polícia Militar (PM), pouco depois de terem sido encontradas, a neta mais velha contou que um dos artifícios usados pela avó para levá-las a se embrenhar no matagal e permanecerem em silêncio, era que elas estavam sendo perseguidas por um “pai do mato“. Esse ser queria matá-las, teria dito a avó.
Encontro
No dia 6 de abril, a criança de 11 anos acabou sendo avistada por um morador da região, que chamou a Polícia Militar.
O local onde a avó e a outra neta, de seis anos, foram encontradas, ficava a cerca de 800 metros de onde as mechas de cabelo foram achadas, mas do lado esquerdo da margem do córrego.
As três estavam abrigadas no meio de uma mata bastante fechada. Os PMs tiveram que abrir caminho a facão para conseguir acessar o local.
A área é úmida. O trio construiu uma barraca improvisada com teto de folhas para se abrigarem. Elas ficaram seis dias sem consumir alimento ou água tratada (a água que bebiam era retirada de uma nascente próxima).
Histórico
Tasmania, avó das crianças, tem histórico de depressão severa. Quando ela foi encontrada, estava debilitada e falava coisas desconexas. Um psiquiatra de Goianápolis atestou preliminarmente que ela tem problemas psicológicos graves.
O local onde a família das então desaparecidas encontraram mechas de cabelo ficava em um mesmo ponto, para onde a avó já tinha fugido anteriormente. Tasmania já tinha ficado desaparecida no meio do mato em setembro de 2021, depois de ter um aparente surto.
A versão das crianças ainda será ouvida por depoimento especial, feito por psicólogo do Conselho Tutelar.
Segundo o delegado Rodrigo Arana, será feita uma investigação sobre o que ocorreu durante os oito dias de desaparecimento e qual a motivação. Também será atestado se a avó tinha consciência de que estava praticando o crime. O Judiciário determinou que a mulher seja internada em uma unidade de saúde psiquiátrica de Anápolis.
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