Na porta da delegacia, o representante do candidato a deputado federal Saulo Batista, de 40 anos, do Republicanos, identificado como Abadio Marques de Rezende, disse que essa exposição na reta final da campanha pode ser prejudicial e que as agressões são tudo uma ‘mentira dela’. Advogada da autora disse que o relacionamento dos dois era ‘conturbado’.
Os advogados das duas partes deram curtas coletivas sobre o caso na porta da DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, onde o caso foi registrado como lesão corporal recíproca. Conforme Abadio, o casal estava junto há mais de dois anos e não falou a respeito da verdadeira esposa de Saulo, alegando que ela mora em outro estado.
Apesar de alegar ter medida protetiva contra o ‘marido’, a autora e amante oficial Deisa, de 29 anos, não apresentou documentos comprovando. “Ela ta se defendendo, mas quem ta machucado é ele na história. Eles tinham terminado o relacionamento e ao ver outra pessoa no apartamento ela ficou furiosa”, diz Abadio. Ele ainda finalizou a fala relatando que “ela nunca fez boletim de ocorrência, não tem medida protetiva, não tem nada. É tudo mentira dela! Ela quer se defender”.
Outro lado – Por sua vez, a advogada da autora, Kalanit Tiecher, contou a imprensa que o casal tinha uma relação instável, com diversas agressões físicas e emocionais, dependência psicológica e financeira’. A doutora informou ainda que Saulo havia mentido sobre sua agenda e foi ‘pego de surpresa’ com outra.
“Eles tiveram uma discussão e Saulo chegou a agredir ela fisicamente. Hoje pela manhã ele falou que iria ter compromissos eleitorais lá em Ponta Porã e por conta da casa estar vazia, [a minha cliente] foi até o local para pegar suas coisas, com o intuito de não encontrar com ele”, conta.
Neste momento, de acordo com Kalanit, a vítima teria sido surpreendida com outra mulher na cama. “Para que ela não subisse a escada, ele desceu de uma forma agressiva, colocou ela contra a parede e ela [autora da facada] começou a tentar se defender. Acabou chegando o momento em que os três entraram em luta corporal e ainda para se defender ela pegou uma faca, desferindo os golpes”.
Rebatendo o que disse Abadio, a advogada disse que a medida protetiva foi feita no ano de 2020, mas que provavelmente ela não estaria ativa. Respondeu ainda que os boletins de ocorrência foram feitas contra a ‘vítima’.
O delegado que atendeu o caso, Gabriel Desterro, informou que as duas partes praticaram agressões, sendo assim, o registro ficará como lesões corporais recíprocas.
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