A Justiça de Mato Grosso do Sul manteve o médico João Pedro da Silva Miranda Jorge, de 29 anos, preso após provocar um novo acidente ao dirigir embriagado na madrugada de quinta-feira (8). Um novo fato é que o motorista estava com a carteira de habilitação vencida e todo o histórico de acidentes no passado pesou na decisão do judiciário.
A juíza Eucelia Moreira Cassal é quem assinou a decisão de converter a prisão em flagrante para preventiva, no entendimento de que isso assegura a ordem pública e garante a aplicação da lei penal.
No documento, a juíza relembra a condenação que o médico carrega em seus antecedentes criminais, referente a morte da advogada Carolina Albuquerque Machado, em novembro do ano de 2017. Mas também reitera que a prática delituosa no trânsito, principalmente em dirigir embriagado, se repetiu em janeiro do mesmo ano da morte da jovem.
Durante a madrugada da última quinta-feira (8), o médico dirigia sua Volkswagen Amarok embriagado e atingiu o Toyota Corolla conduzido por um estudante, de 28 anos, deixando-a com a suspeita de fratura no quadril, precisando de uma cirurgia. O acidente aconteceu na rua Dr. Paulo Machado com a Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, no bairro Santa Fé.
Denominada como "franca reiteração criminosa", o histórico desfavorável de João Pedro contribuiu diretamente para a manutenção de sua prisão. "As medidas diversas da prisão anteriormente impostas não se mostraram suficientes a impedir a prática de novos delitos da mesma natureza", diz trecho da decisão.
Para chegar na decisão, a juíza explica que existiria uma insegurança e instabilidade social com a libertação. Em outro trecho, o magistrado reforça que a justiça impondo liberdade para o médico, incentivaria que ele continuasse a transitar pela cidade, sem a observância das regras legais, "colocando os filhos, os pais, as mães, os irmãos e todos os campo-grandenses em riscos iminente no trânsito".
João Pedro da Silva será encaminhado para um presídio de Campo Grande ainda nesta quinta-feira, após passar um dia na cela da delegacia de plantão.
Alta de estudante - A estudante, de 28 anos, ferida no acidente de trânsito, recebeu alta da Santa Casa ainda na quinta-feira. A vítima deve passar por cirurgia, mas que ainda não foi marcada.
Em sua defesa, o motorista esclareceu ainda que ficou no local prestando socorro a vítima, aproveitando ainda para dizer que a vítima furou o sinal, não sendo possível evitar a colisão. Porém, ele não quis fazer o teste do bafômetro, atestando a sua embriaguez.
Histórico negativo - No ano de 2017, o médico teria se envolvido em um acidente parecido enquanto ainda era estudante de medicina. Na ocasião, a advogada Carolina Albuquerque Machado faleceu durante a colisão na Avenida Afonso Pena.
No laudo pericial da época, foi apontado que ele estava em alta velocidade, a cerca de 115 km/h. De acordo com a Polícia Militar, ele fugiu do local logo após o acidente e testemunhas relataram que ele estava embriagado.
Por conta do impacto, o Fox em que Carolina estava com o filho, de apenas 3 anos, foi arremessado por cerca de 110 metros. O menino não sofreu ferimentos graves.
Após bater no carro da advogada, o médico fugiu do local para que não fosse autuado em flagrante. Por conta do acidente, o condutor chegou a ser condenado a 2 anos e 7 meses de prisão.
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