A paralisação da Polícia Militar do Ceará registrou 51 assassinatos em 48 horas na manhã desta sexta-feira (21), média de 1 por hora, em meio ao motim de servidores por aumento salarial
A paralisação que começou na noite de terça-feira (18), até então registrava seis homicídios por dia no estado em 2020 era de 6 por dia. As 51 mortes ocorreram entre as 6h de quarta e as 6h desta sexta-feira.
Uma delas ocorreu nesta madrugada, um adolescente de 16 anos foi atacado por 7 homens que estavam em motocicletas. Outra morte ocorreu no Bairro José Walter, onde ocorreu um tiroteio que deixou 1 morto e 1 ferido.
Os PMs têm ficado fora de circulação para pressionar por aumento salarial. O movimento também tem fechado batalhões e atacado carros oficiais, que têm os pneus esvaziados para não poderem ser utilizadas.
Em um desses batalhões, o senador licenciado Cid Gomes foi baleado ao jogar uma retroescavadeira contra o portão que era mantido fechado pelos encapuzados. Ele não corre risco de morte.
A proposta do governo é aumentar o salário de um soldado da PM dos atuais R$ 3,2 mil para R$ 4,5 mil, em aumentos progressivos até 2022. O grupo de policiais que realiza as manifestações reivindica que o aumento para R$ 4,5 mil seja implementado já neste ano.
Por conta do motim, o estado pediu ajuda ao governo federal, e recebeu reforço de tropas do Exército e de 300 agentes da Força Nacional, que já começaram a operar.
As tropas do Exército que farão o patrulhamento serão formadas por militares de Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, e vão atuar de forma prioritária na capital e cidades da Região Metropolitana. No interior, as forças serão empregadas conforme a demanda.