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Polícia

Passageira trans diz ter sido puxada pelos cabelos e chama motorista de covarde

O JD1 conversou com a passageira envolvida na briga com um motorista na última sexta em Campo Grande

24 maio 2020 - 17h45Gabriel Neves    atualizado em 25/05/2020 às 10h34

A passageira que é transexual e se envolveu em uma briga com um motorista de aplicativo na madrugada de última sexta-feira (22), conversou com o JD1 e relevou que o motorista é quem iniciou as agressões, ela também afirma que não haviam outras transexuais envolvidas no ato e essa declaração foi feita pelo motorista por vergonha de dizer que apanhou.

Ao ser procurada por nossa reportagem, a então passageira contou os fatos que aconteceram naquela noite a revelou a sua versão da história. Ela explica que logo no inicio da corrida os primeiros sinais de preconceito foram demonstrados.

"Ao chegar ele olhou pra mim já com um olhar de hostilidade e perguntou de forma bem grosseira 'você tem máscara?', eu respondi que tinha, e pelo fato de estar acontecendo a pandemia, a empresa pede para que todos sentem no banco de trás e foi o que eu fiz, ele saiu com o carro e ficou um clima meio chato", relata.

Com o desconforto causado pelo atendimento do motorista, a passageira quis pedir uma nova corrida, com um novo motorista e foi nesse momento que as agressões começaram.

"Quando eu fiz o pedido para encerrar a corrida, que eu chamar outro carro, ele não me respondeu nada, ele só abriu a porta delem depois abriu a porta de trás e veio me puxando pelos cabelos como se eu fosse um saco de lixo"

A passageira diz acreditar que o único motivo para o motorista ter tomado a atitude é achar que estava sendo assaltado, "pelo fato do cenário de Campo Grande ser bem feio, de algumas meninas aprontarem, roubarem, extorquirem... Mas a gente não pode generalizar, porque seria a mesma coisa que dizer que todo negro rouba ou que todo policial é corrupto".

Após a agressão sofrida, ela revela ter dado um chute no motorista para cessar o ato, logo depois teria pego a chave do carro e jogado no quintal de uma casa, dizendo ao motorista, "já que você está fazendo isso comigo, vai ficar eu e você aqui".

Segundo a passageira, a briga foi separada por outros motoristas de aplicativos, momento em que o "jogo virou" como dito pela própria, e ela passou a agredir o motorista. Em todo o ato, não teria se envolvido nenhuma outra trans, a passageira diz que o motorista teria inventado isso por vergonha de dizer que apanhou de apenas uma.

Ela disse a reportagem que já treinou artes marciais por cerca de seis anos, e os ferimentos causados no motoristas foram provenientes de golpes dados por ela, que foram cessados também pelos motoristas que foram até o local.

Logo após a confusão, um cliente da passageira teria passado no local e dado uma carona para ela, levando-a até em casa para que pudesse trocar de roupa e ir até a delegacia.

Já no prédio policial, ela conta que uma viatura policial que a procurava chegou no local, já a considerando procurada por ter se evadido do local, "mas eu não me evadi, eu saí dali e fui para a delegacia logo depois", contou.

"Eles falaram 'nós estávamos atrás de você' eu falei 'legal, eu estou aqui fazendo o meu papel, até porque eu não devo nada para a justiça e nem para a polícia' e fiz o Boletim de Ocorrência", explicou.

Ao finalizar seu relato, a passageira reforça que não houve envolvimento de outras transexuais ou travestis, o chamando mais uma vez de covarde, "ele foi um covarde de dizer que teve participação de outras travestis, não teve participação de nenhuma outra travesti, nenhuma, foi somente eu e ele, e quem separou a briga foram os próprios motoristas de aplicativo".

 

 

 

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