A presidente Dilma Rousseff defendeu ontem durante encontro com os quatro governadores do Centro-Oeste uma divisão mais justa entre todos os Estados dos royalties de petróleo da exploração da camada pré-sal. Dilma reiterou que os Estados produtores e não-produtores precisam chegar a um entendimento.
A presidente colocou aos governadores que a União não está disposta a compensar nenhuma das partes para promover um acordo. "Ela não concorda que se ponha a mão no dinheiro do Tesouro Nacional", disse o governador André Puccinelli (Mato Grosso do Sul).
Puccinelli chegou a anunciar ao final do encontro que a presidente apoiaria uma redução na parcela dos Estados produtores de 26,5% para 25% dos royalties e os não produtores com 22%. A legislação atual prevê que os Estados produtores fiquem com 22,5% dos royalties, e não 26,5%.
No início da noite, porém, o governador recuou e disse que se tratava de uma discussão levantada ainda no governo Lula sobre as receitas do pré-sal e que não teve sucesso.
"A presidente ressaltou que a União já abriu mão de parte dos ganhos e que cabia agora aos governadores chegarem a um acordo".
A presidente não pretende apresentar um número sem que haja um consenso.
Segundo o governador Agnelo Queiroz (Distrito Federal), Dilma se mostrou sensível ao pleito dos Estados não-produtores, entendendo que "o Brasil é só um". Eles defendem que as reservas, por estarem muito longe da costa, deveriam ter seu lucro dividido igualitariamente.
O modelo de distribuição equânime dos royalties entre os Estados foi aprovada no ano passado pelo Congresso. O ponto foi vetado por Lula. Alguns representantes de Estados não produtores pressionam para que o veto seja derrubado por deputados e senadores, o que levaria a questão para o STF (Supremo Tribunal Federal).
Desde o início do ano, os não produtores se movimentam para tentar mudar as regras. Rio, Espírito Santo e São Paulo resistem, já que são os maiores beneficiados.
Outra proposta que estava na mesa era a elevação de tributos cobrados das petrolíferas para resolver a disputa. O governo foi contra, alegando que as empresas tentariam repassar o aumento de custos para o consumidor.
Com informações da Folha de São Paulo.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Nada de 'todes': Lula proíbe uso de linguagem neutra em órgão público

Lula defende o estado do Pará após declaração de chanceler alemão

Com foco na saúde, MS aumenta valor das emendas e promete pagamentos até maio de 2026

Servidores municipais devem receber 13° em parcela única

Ao vivo - STF retoma julgamento dos "kids pretos"; Moraes abre votação

Vereadores votam propostas sobre gratificação e lotação de servidores municipais

Assembleia analisa pedido de autorização de crédito do Governo com o BID

Brasil e Paraguai retomam em dezembro negociações sobre Itaipu

CPI da Saúde é solicitada após indícios de colapso na rede pública de Campo Grande

Dilma se reuniu ontem com André Puccinelli 



