Menu
Menu
Busca quinta, 24 de abril de 2025
Política

Em ato no Rio de Janeiro, Bolsonaro afirma que não fugirá do país

Ex-presidente é investigado por tentativa de golpe de Estado

16 março 2025 - 16h11Luiz Vinicius, com informações da Agência Brasil
São Julião

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu apoiadores na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (16), para defender anistia aos condenados por invadir e destruir os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de janeiro de 2023. Ele próprio corre risco de ser condenado por tentativa de golpe de Estado.

Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que não fugirá do Brasil para evitar uma eventual prisão ordenada pelo STF. “O que eles querem é uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim. Não vou sair do Brasil”, disse. Bolsonaro, que atualmente está inelegível, afirmou que não tem “obsessão pelo poder”, mas tem “paixão pelo Brasil”.

Diante do apoio manifesto, mas considerando os desdobramentos do processo de que é alvo no STF, ele admitiu a possibilidade de não participar da próxima eleição presidencial. “Estamos deixando muitas pessoas capazes de me substituir”.

Ele ainda se esquivou da acusação de tentativa de golpe atribuída a ele. Afirmou que, por estar nos Estados Unidos na ocasião, não poderia ter participado de uma trama para impedir que Lula, que o derrotou nas eleições de 2022, assumisse a Presidência. Bolsonaro é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado agravado pelo emprego de violência e deterioração de patrimônio tombado da União.

Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam cerca de 300 metros da Avenida Atlântica, na Praia de Copacabana, na altura do Posto 4. O Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e a Organização Não Governamental (ONG) More in Common calcularam a presença de 18 mil pessoas no ato deste domingo. Um software de inteligência artificial fez os cálculos a partir de fotos aéreas do público no horário de pico do ato, ao meio-dia.

Projeto no Congresso - A manifestação que reuniu lideranças de direita na orla na Zona sul teve o objetivo de pressionar o Congresso Nacional a aprovar o projeto de lei que anistia os condenados do 08/01. Diretamente interessado nessa anistia, Bolsonaro afirmou que as pessoas que destruíram os prédios dos Três Poderes são inocentes.

“Eu jamais esperava um dia estar lutando por anistia de pessoas de bem, de pessoas que não cometeram nenhum ato de maldade, que não tinham a intenção e nem poder para fazer aquilo que estão sendo acusadas”.

Em 8 de Janeiro de 2023, milhares de apoiadores de Jair Bolsonaro romperam o cordão de isolamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, quebraram janelas, destruíram cadeiras, computadores e obras de arte nos três prédios. Também tentaram incendiar o interior do STF. Só deixaram os locais após a chegada de tropas da Polícia Militar e do Exército.

Governadores - O ato contou com a participação de quatro governadores. Cláudio Castro (RJ), Jorginho Mello (SC), Mauro Mendes (MT) e Tarcísio de Freitas (SP). Tarcísio também defendeu a anistia. Ele disse que é correto que o projeto seja pautado e aprovado no Congresso Nacional para garantir a anistia às pessoas. "Pode ter certeza que nós vamos conseguir os votos".

Para Tarcísio, é preciso avançar para partir para outras discussões. "Para que a gente possa se dedicar aos temas nacionais, para que a gente possa discutir a longevidade, o envelhecimento da população, o financiamento do SUS. Tarcísio, ainda apontou que o grande problema do país é a inflação.

Movimentação - As pessoas mobilizadas para o evento organizado pelo pastor Silas Malafaia exibiam camisas e adesivos saudosos do governo do ex-presidente.

Entre os dizeres havia: "a direita está viva"; "com saudades do meu ex"; "anistia para os patriotas"; "o Brasil é meu partido". Havia ainda dizeres críticos ao atual governo e elogios ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Pouco depois do meio-dia, após a fala de Bolsonaro, os manifestantes começaram a se dispersar.

Reportar Erro
São Julião

Deixe seu Comentário

Leia Também

Fernando Collor de Mello -
Justiça
Moraes manda prender Collor por esquema com a BR Distribuidora; veja decisão
INSS pode paralisar atividades em vários estados
Política
Descontos ilegais de aposentados do INSS serão devolvidos, diz governo
Deputado federal Dagoberto Nogueira
Política
Dagoberto vai ao Vaticano em comitiva para homenagem ao Papa
Reunião entre o Governador e prefeitos.
Política
Riedel garante apoio emergencial a municípios atingidos por chuvas
Senadora Tereza Cristina
Política
PP e União Brasil confirmam federação sob comando de Tereza Cristina em MS
Foto: Queijos Dazú
Política
Deputados analisam PL que cria Selo da Agricultura Familiar para certificar alimentos
Vereador Carlão
Política
Projeto de fomento ao empreendedorismo será votado na Câmara
Riedel participa de evento e discute a Rota Bioceânica com autoridades do Chile
Política
Riedel participa de evento e discute a Rota Bioceânica com autoridades do Chile
Em Campo Grande, os manifestantes se concentram na Praça Ary Coelho -
Educação
Professores de MS se unem em paralisação em defesa da educação pública
Foto: Wagner Guimarães
Política
Deputados avaliam indicados ao Fórum Deliberativo do MS-Indústria

Mais Lidas

Èder está desaparecido desde o feriado de Tiradentes em Campo Grande
Cidade
Viu o Éder? Rapaz desaparece e preocupa família em Campo Grande
Jorge, caseiro morto por onça em Aquidauana, é sepultado em caixão fechado
Geral
Jorge, caseiro morto por onça em Aquidauana, é sepultado em caixão fechado
Jorginho alimentava onça que o matou, afirmam autoridades
Polícia
Jorginho alimentava onça que o matou, afirmam autoridades
Onça-pintada mata caseiro em MS
Meio Ambiente
Onça que matou 'Jorginho' pode ter sido cevada e perdeu medo de humanos, diz especialista