12 de junho de 2010, dia dos namorados, era uma tarde. Falar como estava o tempo não é possível para memórias fracas, para outros, nem mesmo o que realmente fez naquele dia. Dia dos Namorados, muitos respondem que estava planejando um jantar romântico ou um encontro com o amado, um cineminha com a amada. Mas com 560 votos, de possíveis 660, do PMDB, e com a anuência do PT, Michel Temer, foi escolhido candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff. Saíram vencedores, duas vezes. Em 2010 e em 2014.
Aos 75 anos, Temer tem uma carreira política iniciada em 1981 quando ingressou no PMDB. Era oficial de gabinete, foi procurador geral de Estado, depois secretário de segurança Pública em São Paulo. Em 1986, incentivado por Franco Motoro foi eleito deputado federal constituinte pelo PMDB e reconduzido durante cinco eleições seguintes, sendo eleito líder do PMDB em 2005.
Não é a primeira vez que ele é presidente do Brasil, entre 27 e 31 de janeiro de 1998, assumiu interinamente a Presidência da República, já que o presidente da Câmara é, constitucionalmente, o segundo na linha sucessória.
Quando foi escolhido vice na primeira vez, Temer teve um mandato de vice-presidente discreto, inclusive relatado pela imprensa. Isso talvez explique o placar apertado na eleição interna de 2014, quando 59% do PMDB aprovou a reedição da chapa para disputar a reeleição, expondo as rachaduras já explícitas entre a dupla. Diferente do 12 de junho de 2012, quando foi referendado o namoro PT e PMDB. A vitória de 2014 também foi apertada, Dilma já enfrentava uma crise.
Após a posse, Marcela Temer, a “bela, recatada e do lar” esposa de Michel Temer, 43 anos mais jovem que ele, levada pela mãe em um primeiro encontro, roubou a cena no dia da posse. Temer já não demonstrava tanto amor no namoro iniciado lá no dia dos namorados em 2010.
A DR foi pública, com direito a carta chorosa onde se colocava como vice-decorativo. A carta “vazou”, como vazam certas coisas, quando querem vazar. Agora presidente do Brasil, assumindo o lugar de Dilma com o referendo do senado federal que aceitou o seu afastamento, Temer mais uma vez é presidente. Aquele escolhido, lá em 12 de junho de 2010.
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