Há dois anos Mato Grosso do Sul 158 mil doses de vacina Coronavac para imunizar o grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde, desde então, o Estado já aplicou mais 6 milhões de doses de diferentes imunizantes. Agora, o desafio da Saúde está na conscientização para completar o esquema vacinal e imunizar, principalmente, as crianças.
Cada passo da vacina era registrado: desde a chegada na Base Aérea de Campo Grande; logo depois o transporte escoltado pelas ruas da Capital, até chegar à sede da Coordenadoria Estadual de Vigilância Epidemiológica onde era separada.
O ato simbólico, no dia 18 de janeiro, ocorreu no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, onde recebeu quatro dodes para iniciar a campanha de imunização e celebrar o momento histórico. Na ocasião quatro sul-mato-grossenses pertencentes à primeira fase da campanha foram vacinados.
Dois deles eram profissionais da saúde: o médico Márcio Estevão Midom, de 45 anos, e a auxiliar de enfermagem Sandra Maria de Lima, de 52 anos, ambos do Hospital Regional. Também foram vacinadas a indígena Domingas da Silva, de 92 anos, da aldeia Tereré, em Sidrolândia, e a dona Maria Bezerra de Carvalho, de 85 anos, residente no Asilo São João Bosco, no bairro Tiradentes, em Campo Grande.
"Fiquei surpresa e muito grata", explica Sandra Maria de Lima ao relatar sua experiência no ato simbólico. A auxiliar de enfermagem conta que foi chamada para fazer a aplicação da vacina nas três pessoas que foram chamadas inicialmente.
"Eu estava ali apenas para fazer a aplicação, não estava previsto que eu fosse a quarta pessoa a ser vacinada. Logo que iniciamos a aplicação, eles perceberam que estava sobrando uma quarta doses. Na hora eles conversaram e me convidaram para tomar a vacina. Nesta hora, fiquei muito faceira, feliz, mas ao mesmo tempo levei um susto, pois não esperava que também fosse tomar o imunizante", conta.
Sandra conta que foi surpreendida ao ser chamada, na hora da vacinação, para também se imunizar
Sandra ainda ressalta que desde então não deixou de completar o esquema vacinal. "É como eu costumo falar, a vacina salva vidas. Eu mesmo peguei por duas vezes a covid-19, mas os sintomas foram bem leves, que se assemelhavam a uma gripe. Eu recomendo a todos, acreditem na vacina, é só olhar os números de como estávamos e como estamos agora".
Aos 92 anos, a indígena Domingas da Silva, da aldeia Tereré, conta com orgulho que foi a primeira idosa a tomar a vacina no Estado. "Eu, a Vovó Domingas, fui a primeira vovozinha a tomar a vacina da covid-19. Graças a Deus, eu me sinto muito bem! Peço a para todos tomarem a vacina porque é muito bom para a nossa saúde. A Vovó está bem e não precisa de nada e vocês têm que tomar a vacina e não precisa ter medo".
A coordenadora estadual de Vigilância Epidemiológica da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Ana Paula Rezende de Oliveira Goldfinger, foi a responsável por levar as doses até o HRMS, escoltada por policiais. Ela relembra como ocorreu a distribuição.
"Nós tínhamos um plano de logística e assim que recebemos as vacinas, logo de imediato fizemos a entrega aos municípios. Houve uma parceria com as forças de segurança que nos ajudaram a levar os imunizantes até os municípios. Devido à escassez dos imunizantes e alta procura, poderiam haver saques, e por isto as participações das forças de segurança foram extremamente importantes", destaca, completando.
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