O Grupo “Respira AB” tem ajudado na recuperação e melhora da qualidade de vida das crianças acometidas por doenças respiratórias, sejam crônicas ou agudas, na Unidades de Saúde da Família do Bairro Maria Aparecida Pedrossian (USF MAPE), o atendimento em fisioterapia respiratória pediátrica vem acontecendo há dois meses.
A iniciativa surgiu da parceria com o curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e tem apoio dos profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).
O tratamento, pioneiro no país no contexto da Atenção Primária, contribui para evitar e reduzir internações e quadros mais graves de pacientes com sintomas respiratórios agudos e crônicos, o que o torna uma importante ferramenta de promoção e prevenção em saúde, sobretudo pelo momento atual de surto de casos respiratórios.
Os atendimentos ocorrem semanalmente, às quartas-feiras, sob a supervisão da Professora Doutora Leila Foerster Merey, proporcionando tratamento em fisioterapia com o objetivo de minimizar os efeitos das doenças e sintomas respiratórios, melhorando a qualidade de vida das crianças acompanhadas e de seus familiares.
A intervenção precoce e adequada possibilita o manejo eficiente de doenças respiratórias, como asma, bronquite e infecções pulmonares, minimizando complicações e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
O atendimento envolve uma avaliação individualizada do paciente, a identificação dos sintomas e a elaboração de um plano terapêutico trabalhado em grupo ou de forma individualizada. Entre as técnicas utilizadas estão a drenagem postural, exercícios respiratórios, mobilização torácica, incentivo à tosse produtiva e orientações sobre higiene brônquica.
Como o foco são crianças e adolescentes, tudo é feito de maneira lúdica, utilizando, inclusive, materiais e brincadeiras introduzidas no cotidiano deste público.
Além de tratar os sintomas respiratórios, a fisioterapia busca fortalecer a capacidade pulmonar, melhorar a ventilação e auxiliar na desobstrução das vias aéreas, contribuindo para a recuperação e prevenção de complicações.
Casos - De 01 de janeiro a 20 de junho de 2023, foram registrados 1.736 casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs) em Campo Grande. Sendo que em aproximadamente 70% acometeram crianças menores de 9 anos. Das patologias identificadas, a maior parcela refere-se ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que provoca a bronquiolite. Foram 384 casos registrados durante o período mencionado.
Ademais, foram 671 casos de SRAG não especificados, 224 em aberto (sem definição), 130 Rinovírus, 74 Influenza B, 49 Influenza A e 12 Adenovírus. Foram confirmados até o momento 157 óbitos por SRAG. Em todo o ano de 2022, foram 6.914 casos de SRAGs em Campo Grande, sendo 1.891 de Covid-19.
Parceria - Desde março deste ano, a USF MAPE tem intensificado os atendimentos com a parceria do curso de Fisioterapia da UFMS. As atividades práticas são realizadas com a presença e supervisão de professores do curso, tendo o apoio da equipe da unidade e do Nasf.
São identificadas as necessidades do território que permitem intervenções como: ações educativas, tratamentos individualizados, domiciliares, atendimentos coletivos como o Grupo para Pacientes com Dores Crônicas acompanhados pelos professores do curso de Fisioterapia e profissional de Fisioterapia e Educação Física do Nasf (Sesau).
A expectativa é de que ainda no segundo semestre deste ano seja possível ampliar o atendimento em fisioterapia respiratória para outras unidades de saúde da Rede Municipal de Saúde.
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