Fazendo uso das pendências do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, um leitor do JD1 Notícias relatou reclamações sobre a unidade de saúde. Alegando que o hospital está em estado crítico em alguns setores, o usuário afirmou ainda ter "bichos proliferando com o calor" de Campo Grande.
"O Regional está sem roupa para os pacientes, lençol, ar condicionado no CTi, no CTi pediátrico, e também no cirúrgico", diz a denúncia. "Além de estar sem tomografia e Raio-X, isso fora os medicamentos".
No relato, também é citado sobre a UTI Neonatal. "Está tudo lacrado, sem janelas e os bebezinhos sofrendo. Sem falar na proliferação dos bichos, com o calor insuportável. Isso tudo tá faltando no Hospital Regional de MS", finalizou.
O que diz o Hospital
Procurado pela equipe de reportagem do JD1, o diretor-presidente do Hospital Regional do Estado, Dr. Lívio Leite, prestou esclarecimentos sobre as suspeitas levantadas. De acordo com ele, a maioria dos problemas se deu após um disjuntor ter queimado.
"A peça central queimou, causando todo esse constrangimento. O conserto já foi feito nesta manhã, e tudo deve se normalizar. Com isso, o ar-condicionado dos setores indicados que estavam sem uso, já retomaram. Tivemos feedback do nosso corpo de médicos e a princípio o problema foi sanado".
Quanto às roupas, Dr. Lívio também afirmou já ter solucionado a problemática. "Estragou a placa da caldeira, também na segunda-feira, e com isso ficamos sem nossas secadores e afins. No momento estamos utilizando das pendências do Hospital São Julião, no período noturno. Lavamos as roupas aqui, e levamos até nossos parceiros para usar da secadora. Esse problema técnico acabou atingindo as refeições do hospital, o qual foi preciso diminuir o fluxo de pessoas na questão da alimentação. Passamos a liberar os servidores para terem 2h de almoço, atendendo apenas os pacientes", explicou.
"Felizmente já compramos a peça necessário para o conserto, mas precisamos aguardar a instalação. Em breve será normalizado também", garantiu.
Referente a falta dos procedimentos de tomografia e raio-x na unidade, o diretor do Hospital disse não proceder a informação. "Estamos fazendo a troca dos nossos equipamentos, substituindo por novos, então isso já estava previsto. Mas não estamos sem os serviços. Temos aparelho portátil, e estamos fazendo uso deles. O que é possível fazer aqui, está sendo feito, já aqueles que não temos no momento, estamos encaminhando para o Hospital Universitário, que tem feitos os atendimentos, a partir das 15h. Estamos dando o suporte devido aos pacientes, conforme a nossa realidade", disse o médico, que alegou estar com os aparelhos novos até o prazo de 20 de dezembro.
Superlotação
Em contrapartida, o diretor-presidente do Hospital Regional ressaltou sobre o número de pacientes que têm sido encaminhados para a unidade. "Estamos recendo diariamente, uma demanda que não comportamos no hospital. Já reportamos para a Sesau, mas estão faltando vagas em Campo Grande, todos estão super saturados. Então isso tem acarretado em pacientes nos corredores, tendo que acionar plano de contingência, para poder reacomodar as pessoas nos quartos", disse ao JD1.
"Estamos realinhando tudo, conforme é possível. Recebemos a doação de contraste, onde fizemos uma compra de 70 frascos para liberar os pacientes que temos aqui hoje. Alguns medicamentos ainda estão em falta, mas já realizamos 400 contratos com fornecedores de medicamentos, o que é muito significativo, mas que demandam tempo até darem a licitação de todos eles", finalizou.
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