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Processo milionário de corrupção na Federação de Futebol segue em sigilo na Justiça

Em maio de 2024, policiais do Gaeco saíram às ruas para combater desvio de R$ 6 milhões da entidade; após o escândalo, o então presidente Francisco Cezário de Oliveira chegou a ser preso e foi destituído

04 novembro 2025 - 11h12Vinícius Santos

Se passaram 17 meses desde a Operação Cartão Vermelho, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), voltada a investigar um esquema de corrupção na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS). A ofensiva resultou na prisão do então chefe da Federação, Francisco Cezário de Oliveira, que foi destituído da entidade após o escândalo.

O processo que investiga os desvios segue tramitando na Justiça de Campo Grande, mas permanece sob sigilo. Segundo as investigações, no período de setembro de 2018 a fevereiro de 2023, a Federação teria desviado mais de R$ 6 milhões.

Durante a operação, divulgada pelo GAECO em 21 de maio de 2024, foi constatado que uma das formas de desvio incluía saques frequentes em espécie de contas da Federação, sempre em valores inferiores a R$ 5 mil, para não chamar atenção dos órgãos de controle. Esses saques, divididos entre os integrantes do esquema, ultrapassaram R$ 3 milhões em mais de 1.200 movimentações.

Além disso, o GAECO identificou um esquema de desvio de diárias de hotéis pagos pelo Estado em jogos do Campeonato Estadual de Futebol. O peculato se estendia a outros fornecedores da Federação, que devolviam parte dos valores cobrados aos integrantes do esquema, seja em serviços ou produtos.

A operação “Cartão Vermelho” cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão nos municípios de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas. Equipes da Polícia Militar prestaram apoio operacional, e representantes da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados da OAB também acompanharam as diligências. Até o momento, mais de R$ 800 mil foram apreendidos.

O nome da operação faz referência ao cartão utilizado por árbitros para expulsar jogadores que cometem faltas graves, simbolizando a gravidade dos atos investigados.

Mesmo após a ofensiva, o GAECO constatou que o ex-dirigente continuava a participar, nos bastidores, das decisões da entidade, articulando com aliados, recebendo presidentes de clubes em sua residência e acompanhando reuniões da FFMS, apesar da proibição judicial.

O caso segue tramitando sob sigilo na Justiça, e as últimas movimentações processuais estão disponíveis apenas de forma sucinta no Diário da Justiça Eletrônico do TJMS. Entre os registros públicos, constam pedidos de restituição de bens apreendidos, como aparelhos celulares de Umberto Alves Pereira, Marcelo Mitsuo Ezoe Pereira e outros.

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