Um americano, de 57 anos, vítima de um câncer e com morte cerebral declarada, tem suas funções vitais mantidas nos Estados Unidos como parte de um experimento que busca avaliar o uso de um rim suíno em humanos.
Em 14 de julho, cirurgiões transplantaram para o corpo de Maurice "Mo" Miller o rim de um porco. O órgão está em funcionamento normal há mais de um mês e o resultado é apontado como um passo extra na busca para que, em um futuro próximo, a pesquisa possa ser realizada em pacientes vivos.
O atual experimento foi divulgado nesta quarta-feira (16), pelo Instituto de Transplante Langone da Universidade de Nova York (NYU). De acordo com os pesquisadores, o caso de Maurice Miller já é considerado como o de tempo mais longo no qual que um rim de porco funcionou em uma pessoa, embora falecida. Os pesquisadores agora devem acompanhar o desempenho do rim por um segundo mês.
Órgão geneticamente modificado
“Parece ainda melhor do que um rim humano”, disse Montgomery em 14 de julho, quando substituiu os rins de um homem falecido por um único rim de um porco geneticamente modificado – e o observou imediatamente começar a produzir urina, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
A possibilidade de que os rins de porco possam um dia ajudar a aliviar a terrível escassez de órgãos para transplante convenceu a família de Maurice "Mo" Miller, do interior do estado de Nova York, a doar seu corpo para o experimento. Ele morreu repentinamente aos 57 anos com um câncer cerebral não diagnosticado anteriormente, descartando a possibilidade de doação de órgãos.
Tentativas de transplante de animal para humano, ou xenotransplante, falharam por muito tempo porque o sistema imunológico humano ataca o tecido estranho, gerando rejeição ao órgão novo.
Agora, os pesquisadores estão usando porcos geneticamente modificados para que seus órgãos correspondam melhor aos corpos humanos.
No ano passado, com permissão especial dos reguladores, os cirurgiões da Universidade de Maryland transplantaram um coração de porco em um paciente que não possuía outras opções de tratamento.
Ele sobreviveu apenas dois meses antes de o órgão falhar por razões que não são totalmente compreendidas, mas que oferecem lições para futuras tentativas. Uma das hipóteses é que a falha tenha sido causada pela infecção do vírus suíno Porcine cytomegalovirus (PCMV).
Nos suínos, o PCMV geralmente se manifesta em leitoas lactantes ou animais recém-desmamados na forma de rinite e conjuntivite acompanhada de espirros e secreção nasal. A infecção de porcas grávidas e virgens pode levar ao parto de leitões mortos, mumificados, natimortos ou fracos, de acordo com a Faculdade de Medicina Veterinária de Iowa.
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