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Entrevista A

Vander Loubet - "O eleitor é mais emoção que razão"

26 maio 2018 - 11h09Da redação

JD1 Notícias - O PT em MS está "sem candidato" a governador em MS?

Vander Loubet - Nosso candidato é o ex-prefeito de Mundo Novo, Humberto Amadusse. Ele foi prefeito três vezes por Mundo Novo, uma pessoa que fez um mandato diferenciado, é uma liderança e uma referência nossa e é o nosso pré-candidato de consenso dentro do PT. Estamos andando com ele pelo Estado todo. Nós entendemos que, diante desse cenário será uma eleição de dois turnos. Figurando e consolidando a candidatura do André, do Reinaldo, do Juiz Odilon e do Humberto nós temos absoluta certeza que será um eleição de dois turnos. O primeiro turno é para se colocar o time em campo. Nós temos um histórico aqui, desde 1982 temos candidatura própria e não seria diferente. Até porque os candidato que estão aí, temos muita dificuldade numa articulação. Com o Reinaldo eu, pessoalmente, até tenho uma boa relação institucional, mas ele é do PSDB. Em função do cenário, da conjuntura nacional, não tem como, há impedimento de ambos os lados. O André foi nosso adversário sempre histórico aqui. O eleitor não vai entender uma aliança dessa. E o PMDB também é o partido do Temer, que teve uma rejeição muito grande e no nosso entendimento foi que ele deu o golpe na Dilma, no impeachment. E tem o Odilon, que nós temos até uma relação histórica com o PDT. Mas ele  não é um quadro construído dentro do PDT, é uma pessoa que teve visibilidade em função de ser juiz. De modo que é incompatível, não tem como fazermos uma aliança. O Zeca é o nosso candidato a senador. As pesquisas apontam, em nível nacional e aqui no Estado não é diferente, que o PT tem 20% de preferência partidária. Eu acho que no primeiro turno o Humberto tem que correr atrás desses 20%. Se chegarmos a isso, eu não tenho dúvidas que podemos entrar no páreo. Estamos com a chapa de estadual e federal montada e acho que para existir torcida deve-se colocar o time em campo. É isso que fez o PT crescer historicamente e chegar onde chegou, tanto em nível estadual como nacional, estando na presidência por quatro vezes.

JD1 Notícias - A legenda PT, em MS, soma ou atrapalha numa coligação?

Vander Loubet- O PT tem 20% da preferência partidária. Uma coisa é 2014, 2015, 2016 até o golpe, que, em função de todos os ataques que o partido sofreu, chegamos lá no fundo. Nossa preferência partidária chegou a 9% e já voltou para 20%. No auge, chegamos a 27%. Vemos aí uma retomada porque as pessoas acharam que com o golpe iria retomar o crescimento da economia, o Brasil ia sair da crise com facilidade e está acontecendo ao contrário. Se tem hoje um arrocho salarial, o desemprego aumentou, invés de diminuir, está todo mundo assustado com as reformas.

JD1 Notícias - Sua reeleição para deputado é viável no quadro atual?

Vander Loubet- Eu acho que sim. Acredito que essa eleição vai ser diferente. O voto está muito mais na emoção do que na razão. Eu acho que tenho uma folha de serviços prestados, tenho mantido toda a minha base eleitoral. E isso me ajuda muito nas eleições, e também na subida do Zeca para o Senado. Eu e ele já fizemos muita política juntos, mas hoje ele é candidato ao Senado e eu a deputado federal. Isso me dá espaço para buscar aqueles votos que acabei perdendo para ele por conta de disputarmos o mesmo cargo. E eu acredito muito no trabalho. Estou muito animado. Acho que temos condições de retomar uma vaga do Senado, temos condições de fazer dois deputados federais e condições de manter os quatro e de até fazer cinco deputados estaduais, já que estamos com chapa própria.

JD1 Notícias - E a nivel nacional, o ex presidente Lula icone da legenda, dificilmente sera candidato, qual o plano B?

Vander Loubet - Não existe plano B. Estivemos na bancada, discutindo um pouco sobre a conjuntura nacional. Vamos registrar a candidatura do Lula, independente se ele tiver preso até lá, ele vai e pode ser candidato. Hoje há uma discussão dentro da bancada, um entendimento de consenso de todos, e vamos levar isso ao partido; usarmos uma estratégia que Peron utilizou na Argentina, em 73, na época do Regime, quando ele foi impedido de ser candidato.Ele lançou, na época, um candidato chamado Hector Campora. Depois de usar de todos os recursos judiciais, vamos usar dessa estratégia. O Campora assumiu como porta-voz do Peron. Aqui, Lula vai escolher um que será o porta-voz dele e falará que é candidato e os ministros serão indicados pelo Lula. Vamos usar o efeito Campora, que é uma ideia muito aceita dentro do PT. Claro que terá que passar pelas instâncias do partido.

JD1 Notícias - Deputado, o que mudou na politica, desde a vitória do Zeca em 1998?

Vander Loubet - Acho que as pessoas têm muita saudade, não só do Zeca, mas do Lula também. Na minha opinião, nessas eleições as pessoas estão fazendo uma leitura equivocada. Acho que essa eleição não vai ser a eleição da razão, vai ser a da emoção. O que observamos é que, muito em razão do período que o PT governou, tanto aqui no Estado quanto em nível nacional, nesses 14 anos, o eleitor está muito mais voltado à emoção do que à razão. Exemplo disso são os ataques a Lula e Bolsonaro. Acho que não tem espaço para candidaturas de centro. Penso que isso vai se dar em cima das candidaturas da emoção, daquela coisa radicalizada no sentido de defesa da tese. Por isso Alckmin, Álvaro Dias e Ciro não crescerão, por que estão fazendo uma leitura errada.

JD1 Notícias - E a sucessão estadual, que perspectiva ver nela?

Vander Loubet - Aqui não temos histórico de dois candidatos da oposição no segundo turno, então acho muito difícil ser Odilon e André, Humberto e André ou Humberto e Odilon. Acho que a máquina do governo leva Reinaldo ao segundo turno e a disputa será de quem irá com ele. Tenho esse entendimento. Por isso que acho melhor buscar os nossos 20%.

JD1 Notícias - O  PT  apoiaria o juiz Odilon em um cenário de 2º Turno ?

Vander Loubet - Não iremos discutir nada antecipadamente. Acreditamos em nossa força e não vamos discutir em cima de hipótese. Há muita água pra rolar. Como será o desdobramento das campanhas presidencial e estadual? Quem vai para o segundo turno? Não tem porque nos anteciparmos, querendo discutir a respeito de hipóteses.

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