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Edir Viegas

Esvaziando as gavetas

14 setembro 2025 - 12h00

O time do Partido dos Trabalhadores (PT) que ocupava cargos na gestão Eduardo Riedel esvaziou as gavetas na sexta-feira (12), quando o Diário Oficial do Estado trouxe uma leva de atos de exoneração. Os petistas decidiram deixar o projeto tucano, que se transformou em liberal, em função do incômodo provocado pelo alinhamento do governador com lideranças bolsonaristas.

• Nome forte ao Senado

A disputa pelas duas vagas no Senado promete ser bastante acirrada no ano que vem. Além de Reinaldo Azambuja, Nelsinho Trad, Gerson Claro e Vander Loubet, deverá também entrar na disputa Capitão Contar, do PRTB, que pretende avocar a condição de candidato da direita no Estado – como se fosse o único. O ex-deputado possui potencial de votos e recall da disputa travada em 2022 com o governador Eduardo Riedel. Não fossem os debates e o apoio do PT ao adversário, talvez tivesse sido eleito. Contar garante que desistência não consta de seu vocabulário. A ver.

• E o Brasil não parou

A expectativa de que a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado iria levar milhares de pessoas às ruas em todo o Brasil, não se confirmou, assim como o anúncio de bolsonaristas radicais de que o Brasil iria parar caso o STF apenasse o ex-capitão. O País recebeu a sentença em absoluta tranquilidade, apesar de seu ineditismo, pois foi a primeira vez, em toda a História da Justiça brasileira, que generais estrelados foram condenados por tentativa de golpe.

• Pena abaixo do esperado

A condenação de Bolsonaro a pouco mais de 27 anos de prisão ficou abaixo da expectativa de juristas famosos, como é o caso do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, considerado um dos maiores advogados criminalistas do Brasil. Ele apostava em no mínimo 35 anos de cadeia. Pelos crimes apontados na denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), o ex-capitão poderia pegar até 40 anos de prisão, o que não se consumou.

• Efeito contrário

A pressão feita pelo governo de Donald Trump sobre o STF durante o desenrolar do processo de Jair Bolsonaro não foi suficiente para intimidar os ministros. Pelo contrário, pois acabou unindo oito dos 11 magistrados. Eles provaram que as ameaças vindas dos Estados Unidos não fariam nenhum efeito sobre a ação penal, o que de fato ocorreu.

• Silêncio de Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desagradou os bolsonaristas mais radicais ao se limitar a dizer que ficou “surpreso” e “insatisfeito” com a condenação de Jair Bolsonaro. Os incendiários esperavam mais, como a extensão da Lei Magnitsky, que já penaliza Alexandre de Moraes, aos demais ministros que integram a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

• Visita ao Mickey mantida

A exceção, é claro, seria Luiz Fux, que por meio de seu voto, ao pugnar pela absolvição do ex-capitão, garantiu a incolumidade de suas contas bancárias, cartões de crédito e o visto diplomático que vai lhe garantir a manutenção do direito de visitar o Mickey Mouse.

• Ainda há risco

Se depender do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), que está há meses nos Estados Unidos conspirando contra o Brasil, mais sanções virão. Ele alertou que todos os ministros do STF que votaram pela condenação de Jair Bolsonaro podem enfrentar os efeitos da Lei Magnitsky. Disse ainda que as sanções tarifárias a produtos brasileiros exportados aos EUA poderão ser ampliadas.

• Enquanto isso, na Ásia...

O Vietnã recebeu na quinta-feira (11) a primeira remessa de carne bovina brasileira – carga de 27 toneladas do corte “patinho”. O envio marcou o início efetivo das exportações para o país asiático, após a abertura de mercado concluída em março deste ano.

• Brasil além da soja

Em 2024, o Vietnã importou US$ 3,9 bilhões em produtos agropecuários do Brasil, com destaque para cereais, farinhas, fibras têxteis e o complexo soja. Com uma população de 101 milhões de habitantes, o 14º país mais populoso do mundo representa um mercado em expansão para o agronegócio brasileiro.

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