Entrevista realizada pela Rádio CBN Campo Grande com o presidente do DEM Murilo Zauith
Jornal de Domingo – O senhor voltou para o DEM, o partido que mais cresceu em Mato Grosso do Sul, onde estão o senhor, Mandetta, a deputada Tereza Cristina, Barbosinha, Zé Teixeira e muitos outros nomes importantes do Estado. O que foi feito para dar esse gás no DEM?
Murilo Zauith – Você pode imaginar o meu orgulho de voltar para o DEM com essas pessoas que eu tenho maior orgulho de ver exercendo o seu papel. São pessoas que realmente estão preparadas para o cargo que eles atuam e têm se destacado nacionalmente e aqui no estado, dando suporte para o Governo do Estado, porque todo governo precisa de governabilidade e isso é muito importante e eu que já fui deputado estadual, deputado federal conheço bem esse mecanismo e como funciona essa democracia. E o Rodrigo [Maia] esteve aqui colocando seu nome, do Democratas nacional, e eu vi o quanto que as pessoas amadurecem. Eu tive a oportunidade de dizer pra ele naquela manhã: “Rodrigo nós chegamos a Brasília juntos, em 2003, um partido que naquela época era PFL, que Ra governo, e de repente nós chegamos lá e tomamos uma posição de ser oposição”. Imagina você aprender a fazer oposição na oposição. O partido não nasceu na oposição, nasceu no governo. Apoiou, participou, durante oito anos ele teve a vice-presidência da república do FHC. E de repente nós viramos oposição do governo que estava entrando naquela época, do presidente Lula. E isso pra gente foi um laboratório, foi um aprendizado muito grande, principalmente dos deputados do nordeste, que sempre tinha sido governo, e de repente eles se viram na oposição. Você imagina como isso mexeu com o partido.
Jornal de Domingo – Até o anúncio de que o senhor iria para o DEM o cenário estava muito bem definido. Mas após o anúncio ao senhor se tornou cobiçado. O senhor está preparado para ser vice, senador ou candidato a pré-candidato a governador?
Murilo Zauith – Eu acho que o Democratas hoje está preparado para assumir qualquer cargo nesse estado. Nós assumimos pacificando o partido, quatro parlamentares do nosso partido hoje estão unidos me um intuito só de fazer o grande debate democráticos que temos pela frente, isso que é mais importante para nós. Nós temos um grande debate e ele está tão vazio que a nível nacional nós não temos esse debate. Quem é hoje o candidato a presidência da república que congrega a maioria dos brasileiros? E no momento em que houver esse presidente, uma pessoa alinhada, isso vai influenciar e muito nos estados .
Jornal de Domingo – O senhor vê possibilidade de um eventual projeto pessoal do DEM para uma disputa ao governo ganhar corpo com outros aliados?
Murilo Zauith – No momento em que o DEM começar a fazer essa caminhada, os encontros regionais que nós vamos fazer, poder estar participando de uma debate como estou nessa manhã, com nossos parlamentares participando e nós irmos ao encontro que a população quer.
Jornal de Domingo – Qual perfil o eleitor está buscando?
Murilo Zauith – As pessoas ainda estão esperando para ver o que via acontecer. Ei vejo muito isso. Por que a eleição é em outubro ainda.
Jornal de Domingo – Como o senhor vai fazer, enquanto presidente, para que o fato de muitos políticos importantes estarem no partido não acabar atrapalhando a coesão dele aqui em Mato Grosso do Sul?
Murilo Zauith –Não vai atrapalhar por que cada um já tem definido caminhos que eles pretendem ter. Nós temos que contemplar cada uma desses protagonistas no seu projeto político. Nós fizemos uma reunião e todos vão ser contemplados. Ninguém tem projeto pessoal no Democratas. Nós combinado que vamos fazer a caminhada e todas as posições que o DEM tomar vão ser contemplados as posições de casa um também. Então,o DE, não está a serviço de uma pessoa, mas do conjunto
Jornal de Domingo – O senhor ainda não declarou se vai assumir uma pré-candidatura ao governo, mas vamos imaginar que o senhor precise de dois senadores, dois nomes para fortalecer uma caminhada como essa. Como o senhor pensa em construir isso?
Murilo Zauith – Eu penso que nós temos a facilidade de conversar. Por exemplo, eu converso com todos os pré-candidatos. Estive com todos, sei o que pensa cada um e foi colocado que o Democratas hoje não tem comprometimento com A,B,C ou D. Nós temos essa facilidade. Quando nós fomos prefeito em Dourados, nó fizemos duas eleições, uma extemporânea e u m mandato normal, nós fizemos uma coligação com 16 partidos. Então, você vê a facilidade que nós temos de compor, de conversar.
Jornal de Domingo – Hoje avaliando a sua carreira e o cenário no estado o senhor pode aparecer como alternativa para a população que ainda mão decidiu seu candidato?
Murilo Zauith - As pessoas estão esperando. A política hoje está tão forte na vida das pessoas. Hoje, assim que acordam pela manhã, a primeira busca que as pessoas vão fazer é qual é a operação do dia. A judicialização da política está muito forte, porque os políticos permitiram isso. O judiciário entrou para fazer uma limpeza. Igual quando você está com uma doença e precisa ser tratado. Então o judiciário hoje está tratando o legislativo, executivo, fazendo um tratamento. Hoje o cargo mais importante do país você não tem condições de falar quem vai ganhar. Não tem nada definido.
Jornal de Domingo – Se tivesse que decidir hoje o seu destino político e tivesse que a aliar-se a Reinaldo Azambuja, que o DEM apoiou a eleição quando o senhor ainda não estava no partido, ou André Puccinelli, que o senhor já foi vice-governador, qual dos dois caminhos indicaria para o DEM?
Murilo Zauith – Eu não indicaria nenhum dos dois, os DEM teria um candidato. Eu sinto que nesse momento há espaço para o Democratas ter um candidato a governador.
Jornal de Domingo – O senhor falou que o DEM em Mato Grosso do Sul te ma possibilidade de caminhar sozinho nas eleições em 2018. Mas inevitavelmente isso cairá em um nome. O fato do senhor ter acabado de assumir a cadeira de presidente do partido é a indicação desse nome?
Murilo Zauith – Eu faço parte desse conjunto. Vocês sempre irão ouvir dizer que o DEM irá caminhar unido. Quem apostar que terá distensão ou dentro do grupo terá uma ruptura, vai apostar mal, nós vamos caminhar unidos. As convenções se iniciam dia 20 de julho, nesse dia o DEM terá uma posição clara
Jornal de Domingo – O que te move a querer continuar na política em um momento em que as pessoas não querem nem saber de política?
Murilo Zauith – A minha vida pública sempre aconteceu. Não foi eu me colocando a ser candidato. Eu entrei na política e virei candidato a deputado estadual no dia da convenção, virei deputado federal no dia da convenção. As coisas vão acontecendo, se encaminhando.
Jornal de Domingo – O senhor confia em um Mato Grosso do Sul melhor?
Murilo Zauith – A população está esperando, tanto que você vê o alto índice de abstenção, de pessoas que não sabem em quem vão voltar. Não tem nada definido. Eu acho que no Brasil muita coisa ainda vai acontecer. Nós ainda estamos em abril
