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Economia

Reforma da Previdência vai cortar privilégios, diz Longen

18 fevereiro 2018 - 09h50Da redação

Em entrevista à Rádio CBN Campo Grande, no dia 5 de fevereiro o presidente da Fiems, Sérgio Longen, afirmou que as mudanças na legislação com a Reforma da Previdência servirão para cortar privilégios e não afetarão os rendimentos da maioria esmagadora dos brasileiros, que recebem até R$ 5.500 por mês.

Durante a entrevista, Longen falou sobre a campanha “Todos pela Reforma da Previdência - Pro Brasil não quebrar”, lançada pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) e apoiada pela Fiems e outras entidades nacionais e regionais do setor produtivo.

Longen analisou que a proximidade das eleições distorceu o debate em torno da Reforma da Previdência e que a forma como as mudanças vêm sendo apresentadas não demonstra de forma clara o objetivo a ser alcançado. “O intuito maior é cortar privilégios de uma pequena parcela da população e, principalmente, assegurar que o pagamento das aposentadorias, futuramente, não seja comprometido. Por isso, antes de ser contra, é preciso conhecer e entender melhor a reforma”, disse.

O presidente da Fiems citou a fala do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, que considera o atual modelo de Previdência no País uma “transferência de renda dos pobres para os ricos”. “Pelo menos 32 milhões de aposentados da iniciativa privada custam o mesmo que 1 milhão de aposentados no setor público e todo o resto da sociedade financia essa transferência de renda. Esse é um problema que será resolvido”, exemplificou sobre as distorções do sistema atual. “Gosto de citar essa fala porque é algo apolitizado, diferente do discurso político e eleitoreiro, principalmente no ano eleitoral, quando o político está mais preocupado com seus eleitores do que com o bem do Brasil”, reiterou.

Ele também fez um apelo à bancada federal de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados, onde tramita a Reforma da Previdência. “Esperamos que nossos oito deputados federais votem pelo Brasil. É preciso de uma vez por todas entender que não se pode mais conceder apenas direitos, de forma eleitoreira, mas é preciso também estabelecer deveres, antes que nosso estado chegue ao caos que está, por exemplo, o Rio Grande do Sul, onde as pessoas cobram o direito de receber seus valores e o Governo responde: Direito você tem, mas não existe o dinheiro”, apontou. “O que as pessoas precisam entender é que não adianta ter direitos se não houver condições de pagar”, acrescentou.

 

Novo foco

Ainda na entrevista, o presidente da Fiems destacou que, assegurada a convalidação dos incentivos fiscais para a instalação de novos empreendimentos em Mato Grosso do Sul, o novo desafio para 2018 é a atração de novas indústrias para o Estado. “Superado o obstáculo de garantir a convalidação dos incentivos fiscais pelo Governo do Estado até 2033, o que trouxe tranquilidade para as empresas que recebiam o benefício e para aquelas que pretendem investir em Mato Grosso do Sul, o desafio agora é continuar atraindo indústrias sem que predomine a questão do incentivo”, afirmou.

 

Segundo Sérgio Longen, Mato Grosso do Sul conta com uma série de atrativos como a possibilidade de usar o gás natural importado da Bolívia e a energia obtida da biomassa, mas precisa criar estratégias para reverter o gargalo logístico. “Em ano de eleição, este será um grande debate que a Fiems pretende fazer com os candidatos a governador. Esperamos que nosso futuro governante consiga avançar na consolidação de um projeto logístico”, destacou.

Ele destacou a série de vantagens competitivas do Estado em razão da faixa de fronteira com a Bolívia e o Paraguai, além da legislação estadual que traz uma série de benefícios a empresa que produz nos municípios fronteiriços do Estado. “Avançamos na produção de celulose, cana de açúcar, soja e nosso grande desafio é que essa matéria-prima seja transformada aqui, mostrando, em um grande debate, os inúmeros atrativos do nosso Estado”, salientou na entrevista.

O presidente da Fiems usou como exemplo, ainda, a liberação do tráfego de carretas bitrens de Mato Grosso do Sul e de outros Estados pelo Governo do Paraguai, entrando pela cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, que faz fronteira com Ponta Porã (MS), até o porto de Concepción, até então proibido. “Essa proibição era um grande entrave para o escoamento da nossa produção até o Paraguai e vice-versa. Agora, esse problema será sanado”, projetou.

Para Longen, o ano de 2018 deverá ser um ano de retomada de investimentos no Estado, em razão de indicadores econômicos positivos. “Estamos bastante otimistas com relação a 2018, até porque 2016 foi um ano trágico e 2017 foi um ano de expectativas, mas com indícios de recuperação, diante da estabilização dos juros e da inflação. Por isso, 2018 já começou de forma mais robusta, porque esse retorno dos juros a patamares aceitáveis, o que não acontecia há anos, leva a retomada do poder aquisitivo e à confiança dos empresários para investir, que passa a adquirir maquinário, a produzir mais”, concluiu.

 

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