Jamil Name Filho, o "Jamilzinho", será julgado por videoconferência após a autorização do Juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. O julgamento está marcado para os dias 16 a 20 de setembro de 2024, durante o período das 8h às 17h (horário de MS). Jamilzinho está detido na Penitenciária Federal de Mossoró/RN, e é acusado da execução do empresário Marcel Hernandes Colombo, o "Playboy da Mansão", morto a tiros em outubro de 2018, em Campo Grande.
O juiz considerou o pedido "inusitado" e "desafiador de reflexões de ordem constitucional", mas autorizou a participação de Jamilzinho de forma remota no julgamento. O magistrado também ponderou que o pedido se encaixa com o direito constitucional de não exposição pública do réu e evita constrangimentos em conexões de aeroportos, algemado, entre outros.
O pedido também foi analisado sob a perspectiva da cena "aviltante" em que um ex-governador do Rio de Janeiro, Cabral, foi exibido algemado e acorrentado, revelando "manifesta fragilidade de um Estado" que profana sua potestade pública. Além disso, o baixo custo do pedido se afina com os princípios gerais da Administração Pública, artigo 37 da CF, como o da economicidade.
O pedido também segue as normas do Presídio Federal, que preconizam o deslocamento de presos custodiados no sistema penitenciário federal para a realização de atos judiciais ou extrajudiciais, extramuros, apenas em casos extremos. Portanto, Jamilzinho tem direito a acompanhar por videoconferência seu julgamento.
Conforme a decisão, esse direito é relativo e deve ser contemporizado com o direito da Justiça de evitar futuras arguições de nulidade caso hajam interrupções na videoconferência. O juiz aprovou o pedido, mas condicionado a juntar nos autos, em até três dias, uma declaração subscrita de punho pelo acusado, concordando que, em caso de interrupções na videoconferência durante a audiência das testemunhas e nos debates, a sessão poderá seguir normalmente até que se restabeleça o sinal ou chegue ao fim.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) foi contra o pedido. Além de Jamilzinho, também serão julgados o ex-guarda civil metropolitano Rafael Antunes Vieira e o policial federal aposentado Everaldo Monteiro de Assis, conhecido como "Jabá".
Por consequência, o co-acusado Marcelo Rios também será julgado por videoconferência, pois está detido no mesmo presídio federal que Jamilzinho, em Mossoró. O julgamento está agendado para os dias 16, 17, 18 e 19 de setembro deste ano, no fórum de Campo Grande.
JD1 No Celular
Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp e fique por dentro dos acontecimentos também pelo nosso grupo, acesse o convite.
Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no iOS ou Android.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Dupla pega mais de 48 anos de prisão por execução na guerra do tráfico na Moreninha

Kayatt cumpre decisão do STF e devolve cargo a Waldir Neves no TCE-MS

STJ autoriza companhias aéreas a negarem o transporte de animais de suporte emocional

Réu na Operação Omertà, filho de Fahd Jamil pede à Justiça retirada da tornozeleira

Justiça decide que homem acusado de matar esposa com tiro na cabeça enfrentará júri

Com aval do STF, Waldir Neves retorna ao TCE-MS mesmo respondendo por corrupção

Dupla é julgada por execução em guerra do tráfico na Moreninha

STF bate o martelo e mantém Rúbia presa por morte brutal do ex em Sete Quedas

AO VIVO: Virgínia Fonseca depõe na CPI das Bets; assista
