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Economia

A menos de um mês da Copa, máquinas cambiadoras estão em fase de teste

25 maio 2014 - 08h01Via Agência Brasil
Os turistas estrangeiros que vierem para a Copa do Mundo não poderão contar com uma facilidade comum em países da Europa: as chamadas máquinas cambiadoras. Esses equipamentos, uma espécie de caixa eletrônico, permitem a troca de moedas estrangeiras por real e vice-versa. O uso dos dispositivos foi autorizado pelo governo em 2012, para oferecer uma alternativa e facilitar o acesso do estrangeiro a pequenos valores em reais, a partir do evento esportivo, este ano.

Outra medida autorizada pelo governo em 2012 que não deslanchou foram os correspondentes para troca de moedas. O governo autorizou casas de câmbio e bancos a fazerem parcerias com estabelecimentos comerciais. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Corretoras de Câmbio (Abracam), Tulio Ferreira dos Santos Junior, por falta de segurança o setor não se interessou por correspondentes em estabelecimentos comerciais. Segundo ele, atualmente, a maioria dos parceiros continua sendo as agências de viagens e há também alguns hotéis que fazem troca de moedas. “Nas agências de viagens tem gente com experiência e as lojas e os caixas são blindados. Um país com pouca segurança como o Brasil não tem como ter moeda estrangeira em farmácia ou supermercado”, argumentou.

Já as máquinas cambiadoras ainda estão sendo testadas no país, a menos de um mês da Copa. De acordo com Santos Junior, no Recife há máquinas instaladas em um shopping, no porto e no aeroporto da cidade. Ele conta que a corretora instalou as máquinas para iniciar os testes, mas ainda não há previsão de quando os equipamentos estarão disponíveis em outras cidades. “Se funcionar bem vamos colocar em hotéis em São Paulo e no Rio. Mas não tem previsão. Vai depender da performance da máquina”, disse. O presidente da Abracam também disse que negociar a instalação das máquinas em aeroportos tem sido um processo “muito burocrático”. “Estamos negociando para fechar parcerias em aeroportos, hotéis. Isso é um processo lento”, acrescentou.

De acordo com o responsável comercial pela empresa que produz as máquinas, a Hess Latam, André Salvador, nos próximos dias também será instalada uma máquina em um shopping de São Paulo e outras capitais poderão receber os equipamentos, em junho. No total, serão 50 equipamentos distribuídos em grandes cidades dentro de hotéis, shoppings centers e aeroportos.

André Salvador não quis revelar quantas máquinas já foram produzidas no país desde a autorização pelo governo, mas disse que o volume não é expressivo. Ele espera que ainda este ano a produção ganhe força, por meio de parcerias com corretoras e bancos especializados.

Segundo Salvador, a automação de operações de troca de moedas ainda não avançou no país porque somente em 2012 a legislação autorizou esse processo. Por meio da máquina, o cliente pode conferir, antes de fechar a operação, todas as taxas e tarifas e o valor efetivo total. Os equipamentos estão configurados em quatro idiomas.

Em 2012, ao regulamentar o uso desses equipamentos, o BC definiu que o limite por operação seria de US$ 3 mil. Os clientes são identificados por meio do uso do cartão de crédito com bandeira internacional ou por passaporte com validação eletrônica de autenticidade.

Para André Salvador, os grandes bancos de varejo não demonstraram interesse pelo equipamento, mas à medida que as máquinas ganharem espaço no mercado, há expectativa de avanço nesse segmento também. “Os bancos de varejo têm estratégia voltada para os próprios correntistas. O movimento vai começar através dos bancos de nicho [especializados]”, disse.

No caso do Banco do Brasil, por exemplo, a troca de moeda é feita em 431 agências e em 34.807 terminais de autoatendimento habilitados para atender às redes Cirrus e VisaPlus - pois fazem a leitura de cartões emitidos no exterior, para saque em reais. Desse total de terminais, 8.541 estão nas cidades-sede da Copa do Mundo. No caso das agências que realizam operações de câmbio, 300 estão nas cidades-sede da Copa.

Mesmo sem as máquinas cambiadoras e os correspondentes no comércio, o presidente da Abracam acredita que os estrangeiros não terão dificuldades para ter acesso a reais. “O estrangeiro usa muito cartão de crédito. E todos os aeroportos e shoppings são bem assistidos com casas de câmbio”, disse.

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