A 29ª Promotoria de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) desqualificou o laudo pericial sobre a evolução patrimonial do desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), Paulo Alfeu Puccinelli. O MPMS move uma ação contra Puccinelli por improbidade administrativa, relacionada ao episódio do precatório “fura-fila”, que favoreceu o empresário Jamil Name.
O laudo, elaborado pela Vinicius Coutinho Consultoria e Perícia (VCP), avaliou os anos de 2008 a 2010 e concluiu que a evolução patrimonial de Puccinelli era compatível com os rendimentos declarados. No entanto, o laudo não conseguiu confirmar a origem de um depósito em espécie de R$ 80 mil realizado em julho de 2009.
A 29ª Promotoria argumenta que o laudo apresenta “diversos erros crassos” e “omissões grosseiras”, questionando a imparcialidade e a qualidade do trabalho pericial. O promotor Adriano Lobo Viana de Resende solicita uma nova perícia, citando “indicativos objetivos de graves impropriedades”.
As acusações contra Puccinelli envolvem a decisão de sequestrar R$ 25,5 milhões dos cofres públicos de Campo Grande em julho de 2009 para pagamento de um precatório. Jamil Name, que estava na fila para receber o pagamento, justificou a prioridade por problemas de saúde.
A quebra de sigilo bancário revelou depósitos em dinheiro, sem origem comprovada, totalizando R$ 80 mil no período de negociação do precatório. Durante o biênio 2009/2010, Puccinelli teve créditos desproporcionais à sua renda, somando R$ 635.621,64, e uma evolução patrimonial a descoberto de R$ 607.448,80.
O MPMS busca a condenação de Puccinelli, que pode resultar no pagamento de mais de R$ 10 milhões aos cofres públicos. O juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, analisará as alegações e definirá os próximos passos do processo.
JD1 No Celular
Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp e fique por dentro dos acontecimentos também pelo nosso grupo, acesse o convite.
Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no iOS ou Android.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Prefeito e vice de Nova Andradina são cassados por fake news na campanha

Moraes diz que autoridades religiosas podem visitar presos do 8 de janeiro

Com foco na inclusão e Justiça social, TJMS cria Núcleo de Direitos Humanos

Candidato do PT em Paraíso das Águas deve devolver R$ 15 mil por contas irregulares

Confusão em MS faz morador de Rondônia virar foragido por crime que não cometeu

Dono de empresa tenta derrubar ação por fraude em licitação de uniforme escolar

TCE mantém punição a vereador que recebeu acima do teto em Selvíria

Prefeito de Corguinho é investigado por possível prática de nepotismo

Contratações temporárias em Bodoquena são alvo de recomendação do MP
