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A ciência da felicidade

18 dezembro 2018 - 17h00Sálua Omais    atualizado em 18/12/2018 às 17h04

O que e? felicidade? As pessoas agonizaram com esta questão durante séculos, mas so? recentemente a ciência começou a dar sua opinia?o e pesquisar mais a fundo sobre o assunto. A grande maioria das pessoas deposita expectativas de felicidade em circunstâncias externas, acreditando que a felicidade acontece quando existe alguma mudança grandiosa na vida. É o famoso “quando”, isto é, promessas que fazemos a nós mesmos sobre eventos futuros, “quando” conseguirmos conquistar o emprego dos sonhos ou, “quando casar”, ou “quando os filhos chegarem”, ou então, “quando mudarmos de cidade ou de país”. No entanto, o que acontece é que esse “quando”, muitas vezes, acaba não chegando.

O estudo da felicidade virou objeto de pesquisa da ciência, e vem sendo difundido por meio da psicologia positiva, um movimento que se propôs a estudar, de forma científica, os principais fatores que promovem o bem-estar do ser humano, de forma ampla e duradoura. A partir de então, esses conhecimentos passaram a ser disseminados em diversos ambientes, como empresas, organizações, escolas, universidades, e, claro, na esfera pessoal, tanto a nível individual como nos relacionamentos. A felicidade, no seu sentido mais profundo, é uma questão de escolha. E essa escolha será baseada nos significados subjetivos e nas crenças pessoais que cada pessoa desenvolve ao longo da vida em relação ao que é ser feliz, o que exige um autoconhecimento profundo. A felicidade não significa estar sorrindo o tempo todo, mas sim descobrir a sua própria essência, e o que faz sentido na sua vida e não na vida dos outros, nem por padrões impostos pela mídia ou pela sociedade. A grande maioria das pessoas associa felicidade à euforia, uma sensação de alegria extrema, que tem um efeito rápido e temporário, o qual dura muito pouco e que, ao acabar, leva a pessoa para o extremo oposto da emoção, ou seja, para a sensação de tristeza, de vazio interno. No entanto, pesquisas revelam que um humor estável e? mais psicologicamente saudável do que um humor em que se atinge picos de felicidade regularmente – afinal de contas, tudo o que sobe desce.  

Os elementos que levam uma pessoa a alcançar maiores níveis de satisfação e bem-estar são: atitudes e emoções positivas diante da vida (até mesmo diante das dificuldades), espiritualidade e busca de sentido, satisfação com a vida como ela é, relacionamentos sociais, um trabalho estimulante, valores, propósitos e objetivos de vida bem formulados, saúde física e mental, e, claro, condições materiais suficientes para suprir as necessidades. 

Diversos estudos já chegaram à conclusão de que, a maioria das pessoas vive razoavelmente feliz a maior parte do tempo, mas não com uma alegria crônica, em que não existam problemas a enfrentar, mas sim no sentido de estar, a maior parte do tempo, livre de tristezas, preocupações, problemas de saúde em algum membro da família e aflições. Justamente por essa busca em se descobrir essa felicidade intrínseca e verdadeira, muitos não conseguem percebê-la no seu dia a dia, tornando-se eternamente insatisfeitos.

O foco da felicidade humana deve estar nessas atividades mais rotineiras, pois são elas que estão presentes na nossa vida a maior parte do tempo, e não aquela felicidade advinda apenas de eventos especiais. E é isso que a psicologia positiva procura mostrar e estimular: fazer com que as pessoas tenham a possibilidade de fazer das suas atividades diárias momentos agradáveis e felizes, no sentido de ter paz, serenidade e satisfação na maior parte do tempo, ao invés de deixar para fazer isso em apenas 10% do dia, ou do ano ou, até, da vida!  
 
(*) Sálua Omais é psicóloga e palestrante, com mestrado em psicologia da saúde e saúde mental, master coach e master trainer em psicologia positiva, neurossemântica e PNL, titular do site www.psicotrainer.com.br, em que escreve artigos diversos sobre psicologia positiva, coaching e inteligência emocional.

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