Irei me concentrar nas polêmicas festas empresariais de fim de ano, as quais, em geral, causam certo desconforto e algumas vezes saias justas aos participantes. Seja um jantar formal, uma recepção em uma casa de eventos ou um churrasco com pagode e futebol, as reclamações estarão sempre presentes. Longe, cedo, muito tarde, brega, chique demais, comida ruim ou pouca variedade. O fato é que nunca se conseguirá agradar a todos os grupos, cujos tipos clássicos serão identificados a seguir.
Os Papa-léguas: avessos a este tipo de comemoração, resolvem dar uma passadinha com receio dos comentários de chefes e colegas de trabalho. Tem na ponta da língua desculpas como: tenho outra festa ou estava trabalhando até agora. Como o pássaro homônimo, costumam sair com a mesma velocidade que chegaram aos ambientes.
Os viciados em trabalho: não esquecem seus afazeres nem mesmo enquanto comem ou bebem. Costumam se aproveitar do clima informal para resolver problemas ou cobrar pendências, entre um copo de uísque ou bolinho de queijo. Por esta razão costumam ser vistos sozinhos, passeando entre as mesas e rodas de conversa.
Os bem-vindos: em todo empresa há aquele sujeito boa-praça e comprometido, o qual costuma resolver os problemas de todas as áreas. Bem recebido em todos os grupos, costumam aguardar com ansiedade a festa de confraternização, sugerindo, ajudando e participando ativamente em sua organização.
Os bajuladores: o mais famoso e antigo dos grupos são também os mais estratégicos, identificando seus alvos com precisão milimétrica. Podem ser vistos ao lado ou ao redor das rodas de diretores, superintendentes ou vice–presidentes. Comparados aos paparazzos, adoram uma foto ou bajulação.
Os soltinhos: gostam de aproveitar a festa, exagerando muitas vezes na dose, literalmente. Com mais álcool e menos juízo, costumam criar situações hilárias ou embaraçosas, as quais servem para compor o mural de fotos ou as lendas que povoam todas as empresas. A situação piora quando decidem enfrentar a lei seca.
Creio que você tenha correlacionado diversas pessoas enquanto lia este artigo, lembrando-se de histórias cômicas ocorridas durante as celebrações empresariais. Caso não tenha conseguido se encaixar em nenhum grupo não se preocupe, talvez tenha sido seu senso crítico que não tenha permitido.
Como mensagem final, prudência, bom senso e profissionalismo devem guiá-lo, afinal de contas, você não irá querer mais uma dor de cabeça neste final de ano, irá?
Marcos Morita - mestre em administração de empresas e professor da FIA-USP e Universidade Mackenzie.Reportar Erro
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