Por meio da pesquisa feita pelo Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com outras instituições de pesquisa do Brasil e do exterior, e publicada pela revista Emerging Infectious Diseases, cientistas confirmaram a circulação do vírus mayaro (MAYV) entre humanos no estado de Roraima.
O vírus mayaro é considerado endêmico na América Central e na América do Sul, e também é frequentemente negligenciado. O patógeno foi identificado pela primeira vez nas ilhas caribenhas de Trinidad e Tobago, na década de 1950.
Os sintomas são parecidos com os da dengue e febre chikungunya, tornando o diagnóstico clínico do vírus mayaro uma tarefa difícil.
Assim como as outras duas doenças, o MAYV se trata de um arbovírus, ou seja, é transmitido por um mosquito silvestre, o Haemagogus janthinomys, o mesmo que transmite a febre-amarela.
O principal diferencial do mayaro em relação à dengue é a maior probabilidade de artralgia e artrite crônica, condição em que as dores e inchaços nas articulações se prolongam e se tornam incapacitantes.
A descoberta da circulação do vírus entre humanos foi feita pela bióloga Julia Forato, mestranda na Unicamp, que analisou amostras de soro coletadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima de pacientes que apresentavam estado febril, entre 2020 e 2021. Neste período, a região enfrentou uma epidemia de dengue logo após um surto de febre chikungunya.
A pesquisadora encontrou a presença de MAYV em 3,4% das pessoas testadas.
O vírus foi identificado em praticamente todo o estado, inclusive nas áreas urbanas. “Como as pessoas não tiveram contato com esse vírus, são mais suscetíveis a ter uma infecção”, explicou a mestranda.
No Brasil, a detecção do vírus ocorre historicamente em estados da região Norte, como Acre, Pará e Amazonas.
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