Promovida desde 2002, a Marcha da Maconha percorreu na tarde deste sábado (5) a orla de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, para defender a bandeira da legalização do uso e da venda da cannabis no país. O protesto contou com um carro de som e cartazes e percorrereu todo o trajeto, do Jardim de Alah ao Arpoador.
Rodrigo Mattei, um dos organizadores do ato e integrante do coletivo Movimento pela Legalização da Maconha, explicou que este ano a marcha também se posiciona contra a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.
"Toda medida como essa aparece como uma medida emergencial", disse. "A medida emergencial que o Brasil precisa é a legalização das drogas", completou ele, que vê a legalização da maconha como um passo para legalização de outras drogas. "A arrecadação com impostos aumentaria, e a gente pararia de ter só o ônus e passaria a ter um bônus também."
Para Rodrigo, apesar de os argumentos pró-legalização serem repetidos há alguns anos, eles enfrentam interesses econômicos e moralismo como barreiras. "Há uma moralização, que vem de uma campanha feita desde o início da proibição das drogas no século 20. Tem essa questão moral, mas tem também uma questão econômica."
Para Kathleen Feitosa, da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas, o fim da guerra às drogas também reduziria o encarceramento de mulheres e permitiria um maior combate ao preconceito contra usuárias de drogas.
"A mulher, quando delinque, ela rompe não só com a lei penal e o código que está escrito, ela rompe com a expectativa da sociedade sobre ela, porque não é dócil e não obedeceu às regras", destacou.
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