Conforme o relatório de Estatísticas Fiscais do Banco Central divulgado nesta sexta-feira (31), o setor público consolidado,formado por estados, união e municípios, registrou déficit primário de R$ 47,6 bilhões em 2024, enquanto no ano anterior, o valor foi de R$ 249,1 bilhões.
O déficit foi equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado primário equivale à diferença entre as receitas e as despesas do governo, com exceção do pagamento dos juros da dívida.
Em dezembro, houve superávit primário de R$ 15,7 bilhões ante déficit de R$ 129,6 bilhões no mesmo período de 2023. No mês, o Governo Central e as empresas estatais foram superavitários em R$ 26,7 bilhões e R$ 1 bilhão, respectivamente, enquanto os governos regionais registraram déficit de R$ 12 bilhões.
Dívida
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que abrange Governo Federal, Instituto Nacional do Seguro Social e governos estaduais e municipais – atingiu 76,1% do PIB (R$ 9 trilhões) em 2024. É uma alta de 2,2 pontos percentuais na relação DBGG/PIB em relação a 2023.
Já a Dívida Líquida do Setor Público atingiu 61,1% do PIB (R$7,2 trilhões) em 2024,com elevação anual de 0,7 pontos percentuais do PIB.
Desaceleração da economia
A estimativa é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha crescido 3,5% em 2024, mesmo que o resultado seja divulgado em 7 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo assim, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aponta que o crescimento deve desacelerar em 2025. “Nós estamos prevendo uma redução do crescimento da economia, que foi de de 3,5% para 2,5%, justamente para acomodar as pressões inflacionárias”, pontuou Haddad.
A inflação em 2024 foi de 4,83%, estourando o teto de 4,5% da meta perseguida pelo Banco Central (BC). À Rede TV! nesta quinta-feira (30), Haddad informou que os juros já estão suficientemente restritivos no país para conter a alta dos preços.
“Não acredito em choques defendidos por economistas ortodoxos. As condições da economia brasileira permitem uma condução sem ter de gerar desconfortos. Pra que fazer um choque tão pesado se podemos acomodar tensões inflacionárias”, disse o chefe da equipe econômica.
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