A diferença entre as taxas de desemprego total de negros e brancos na Grande São Paulo foi, em 2012, a menor da série histórica da Pesquisa de Emprego e Desemprego feita pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), iniciada em 1985. A taxa de desemprego dos negros no ano passado chegou a 12,4% e a do outro grupo, a 10%. Uma diferença de 2,4 pontos porcentuais. Em 2003, por exemplo, a diferença entre as duas taxas era de 6,9 pontos porcentuais. O segmento de negros é composto também por pardos e o de não negros engloba ainda os amarelos.
Apesar de também terem mostrado avanço em benefício dos pretos e pardos, os rendimentos médios por hora ainda mostram grande desigualdade: em 2003, os salários dos negros representavam 51,8% dos não negros; em 2012, passaram para 63,2%.
Os setores em que os negros superam a proporção de não negros no mercado de trabalho foram construção civil e serviços domésticos, aqueles, segundo a Fundação Seade, "em que predominam postos de trabalho com menores exigências de qualificação profissional, remunerações mais baixas e relações de trabalho mais precárias, sendo, por consequência, menos valorizados socialmente".
Para a Fundação Seade, no entanto, as mudanças na legislação trabalhista para empregados domésticos e nas condições de trabalho na construção civil "têm atenuado algumas distorções em relação a outros setores de atividade, inclusive no que diz respeito aos rendimentos".
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